Pesquisar
Pesquisar

Centrais sindicais aprovam 35 eixos políticos para candidatos às eleições

Texto, com ações para emprego, previdência e combate às desigualdades, foi aprovado durante a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat)
Paulo Motoryn
Brasil de Fato
São Paulo (SP)

Tradução:

Representantes das principais centrais sindicais aprovaram nesta quinta-feira (7) uma pauta unificada para ser levada aos candidatos nas eleições gerais deste ano. O documento, com 35 propostas, foi aprovado durante a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), e será apresentado aos postulantes à Presidência da República e a candidatos a vagas na Câmara e no Senado

O evento, realizado na região central de São Paulo, foi convocado por dez entidades: Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Intersindical Central, Intersindical Instrumento de Luta, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Pública Central do Servidor e União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Cerca de 500 lideranças sindicais participaram dos debates. Ainda no contexto das eleições, o evento deixou claro que as centrais pretendem aumentar a representação de parlamentares ligados a trabalhadores e sindicatos no Congresso Nacional.

“O que nos une é a consciência de que o momento que o Brasil vive é muito, muito grave. Nós vamos viver sete meses até eleição que é a eleição da nossa vida, que vai definir o que vai ser o Brasil nos próximos 20 anos. E nós precisamos derrotar o fascismo e recolocar o nosso país no caminho do crescimento, do desenvolvimento, recuperar a soberania. Não vai ser fácil”, disse Sérgio Nobre, presidente da (CUT).

“Se vencer as eleições e derrotar o fascismo será um grande desafio, também será um enorme desafio os quatro anos que se seguirão. Para recuperar os direitos que foram perdidos e fazer esse país voltar a crescer, nós vamos ter que comprar muita briga nesse país e vamos precisar de todo mundo junto nessa construção”, complementou.

Texto, com ações para emprego, previdência e combate às desigualdades, foi aprovado durante a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat)

Paulo Motoryn/Brasil de Fato
O rapper Gog foi um dos apresentadores da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em São Paulo

“Encruzilhada histórica”

O documento aprovado nesta quinta-feira tem propostas que, segundo as centrais, “espelham o modelo de desenvolvimento necessário para o Brasil gerar empregos de qualidade, crescimento dos salários, proteção dos direitos trabalhistas, combate às desigualdades, proteções sociais e previdenciárias, a defesa da democracia, da soberania e da vida”.

O texto tem propostas em três grandes temas: medidas emergenciais para garantia de empregos, direitos, democracia e a vida; medidas estruturais para garantia de direitos trabalhistas, previdenciários e sindicais; e estratégia de desenvolvimento com redução das desigualdades.

Entre as principais medidas cobradas pelos sindicalistas estão as revogações da reforma trabalhista e da reforma da Previdência, aprovadas nos governos dos presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), respectivamente.

“Nós estamos diante de uma encruzilhada histórica. E o ano de 2022 é para a gente definir o caminho, o rumo. Se nós vamos continuar reféns dessa barbárie neofascista, ou se nós vamos indicar um caminho que permita ao nosso povo um olhar diferente de construção da nação, de crescimento do PIB, de geração de emprego e renda”, afirmou Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores do Brasil.

A primeira edição da Conclat ocorreu em 1981, em Praia Grande (SP), ainda durante a ditadura. Em 2010, parte das centrais organizou uma reedição no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Em 2022, os mestres de cerimônia do Conclat foram o rapper Gog e a cantora Ellen Oléria.

A mesa de abertura contou com Adilson Araújo (presidente da CTB); Antonio Neto (presidente da CSB); Atnágoras Lopes (secretário-geral da CSP-Conlutas); Edson Carneiro Índio (secretário-geral da Intersindical Central); Emanuel Melato (da coordenação da Intersindical Instrumento de Luta); José Gozze (presidente da Pública); Miguel Torres (presidente da Força Sindical); Oswaldo Augusto de Barros (presidente da NCST); Ricardo Patah (presidente da UGT); e Sérgio Nobre (presidente da CUT).

Assista à íntegra do evento:

Paulo Motoryn, Brasil de Fato | São Paulo


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Assista na TV Diálogos do Sul


Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.

A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.

Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:

  • PIX CNPJ: 58.726.829/0001-56 

  • Cartão de crédito no Catarse: acesse aqui
  • Boletoacesse aqui
  • Assinatura pelo Paypalacesse aqui
  • Transferência bancária
    Nova Sociedade
    Banco Itaú
    Agência – 0713
    Conta Corrente – 24192-5
    CNPJ: 58726829/0001-56

       Por favor, enviar o comprovante para o e-mail: assinaturas@websul.org.br 


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.
Paulo Motoryn

LEIA tAMBÉM

1fe87bc8-369d-4b78-beb4-3c0e60d7b520
Qual o preço da aprovação do furo do teto dos gastos? Saiu barato para o centrão!
60c4bd06-ab9f-4bd3-8926-d6d97b0e6289
Por mentir descaradamente durante eleições, Jovem Pan perde monetização no YouTube
a1478090-ccd2-4be6-a65e-9208a13c3341
Com derrota à crueldade fascista, RS dá fôlego à esquerda e retoma diálogo democrático
d3908a35-5d39-49e0-8e1b-a5eb2078d981
Fascistas nas ruas, serviço público precário e prefeito negligente: Porto Alegre volta a 1964