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ToggleEstados Unidos terão que aceitar que a cooperação com a Rússia só vai se dar acerca de temas que sejam de interesse para a potência euroasiática e se ela estimar que vai ser proveitoso para ela, afirmou na quinta-feira (18) o presidente Vladimir Putin, um dia depois de que seu colega estadunidense, Joe Biden, disse em uma entrevista de televisão estar de acordo em chamá-lo de “assassino”.
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Não obstante a rara ofensa ao titular do Kremlin, Moscou não quer romper relações com Washington mas advertiu que tampouco está disposto a acatar as regras do jogo que quer impor a Administração Biden.
“Os Estados Unidos querem manter certas relações conosco, mas só naquelas áreas que representam interesse para eles e sob suas condições. Sabemos defender nossos interesses. Vamos trabalhar com eles (EUA) só naqueles âmbitos que nos interessem e sob condições que consideramos proveitosas para nós”, retrucou Putin.
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Asseverou que o governo de Biden “terá que aceitá-lo, apesar de suas tentativas de frear nosso desenvolvimento, suas sanções, seus insultos”.
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Moscou não quer romper relações com Washington mas advertiu que tampouco está disposto a acatar as regras do jogo
Putin: “Certamente o conheço”
Quanto a esta última questão, Putin afirmou: “Certamente o conheço (a Biden). E o que lhe diria? Lhe diria: Cuide de sua saúde! De verdade lhe desejo muita saúde, sem ironia nem vontade de fazer piada. Quando era criança, brincando com os amigos, não tínhamos dúvida: quem diz é, e não é uma brincadeira infantil, uma simples piada. É uma frase com profundo sentido psicológico: sempre vemos na outra pessoa as qualidades que temos, acreditamos que é igual a nós, e a partir daí, a avaliamos”.
Com estas palavras, ditas em uma videoconferência com motivo do aniversário da Incorporação da Criméia à Rússia, em 2014, o mandatário russo deu a entender que Biden está mal da cabeça e, sem desmentir a acusação que fez seu colega estadunidense, endossou o insultante qualificativo de “assassino” a quem o lançou primeiro.
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Para isso, Putin recordou à classe governante estadunidense, o genocídio dos índios e a permanente perseguição dos negros, assim como Estados Unidos “é o único país do mundo que empregou a bomba atômica contra um Estado que carecia desse tipo de armamento, o Japão, no fim da Segunda Guerra Mundial, sem nenhuma necessidade militar, tratou-se de exterminar a população civil” de Hiroshima e Nagasaki.
Juan Pablo Duch, correspondente de La Jornada em Moscou
La Jornada, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.
Tradução: Beatriz Cannabrava
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