O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, insistiu na necessidade de solicitar ajuda à China e a Cuba para que o setor de saúde do país possa enfrentar com efetividade a pandemia do novo coronavírus.
Morales opinou que o governo de fato deve adquirir da China material e técnicas indispensáveis para combater a doença, e de Cuba o medicamento Interferon Alfa 2B Humano Recombinante, um dos mais eficazes para tratar a Covid-19.
“O governo de facto deve enviar dois ou três aviões da BoA à China para adquirir material de biossegurança para nossos trabalhadores da saúde, e respiradores. Não há tempo a perder”, escreveu o ex-mandatário no Twitter.
Da mesma forma, continuou, devem enviar aviões de nossa linha aérea a Cuba para adquirir o medicamento Interferon Alfa 2B Humano Recombinante, antiviral usado pela China e por outros países para tratar seus pacientes.
Em outras ocasiões o governo da presidenta de facto Jeanine Áñez recebeu solicitações para tramitar o pedido de ajuda a Pequim e Havana para enfrentar a doença causada pelo vírus SARS-Cov-2 e declarada pandemia pela Organização Mundial da Saúde.
MAS
Luis Arce, se pronunciou a favor da solicitação de ajuda
O candidato à presidência da Bolívia pelo Movimento ao Socialismo (MAS), Luis Arce, se pronunciou a favor da solicitação de ajuda e após uma gestão pessoal informou sobre a disposição da China e de Cuba de ajudar com pessoal especializado e medicamentos.
Também apoiaram a proposta os presidentes de ambas as câmaras da Assembleia Legislativa Plurinacional, e parte importante da população do país.
A forma na qual as autoridades de facto estão manejando a presença do coronavírus tem sido objeto de críticas por parte de médicos e outros trabalhadores da saúde, que questionam a preparação do setor e as condições precárias dos centros assistenciais do país.
Por outro lado, o ministro da Saúde, Anibal Cruz, assegura que o país conta com o pessoal qualificado necessário, mas reconheceu a falta de recursos no setor para enfrentar a doença de maneira efetiva.
Bolivia tem 107 casos confirmados de Covid-19, com 7 mortos, e de acordo com especialistas o número de infectados deve crescer por causa do alto nível de contágio da doença.
Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.
Tradução: Beatriz Cannabrava
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
Veja também