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Nova York arrecadará US$ 350 mi em impostos com legalização da maconha para fins recreativos

O estado se converterá em um dos maiores mercados da cannabis com bilhões em vendas anuais gerando quase 350 milhões de dólares em impostos
David Brooks
La Jornada
Nova York

Tradução:

O estado de Nova York legalizou a maconha para fins lúdicos, convertendo-se no décimo quinto estado dos EUA a fazê-lo, mas com a diferença de incorporar à lei que 40% dos ingressos por impostos estaduais serão dedicados a comunidades de minorias que foram as que sofreram os piores impactos pela criminalização do seu uso. 

O governador Andrew Cuomo promulgou a lei um dia depois de ter sido aprovada – após anos de tentativas – pelo Congresso estadual, com o que o estado se converterá em um dos maiores mercados da cannabis com bilhões em vendas anuais gerando quase 350 milhões de dólares em impostos.  

O estado se converterá em um dos maiores mercados da cannabis com bilhões em vendas anuais gerando quase 350 milhões de dólares em impostos

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Nos próximos meses serão estabelecidos os mecanismos para regular o novo mercado legal, incluindo entregas em domicílio

Destinação dos impostos

Além de se somar aos outros 14 estados que legalizaram a maconha, Nova York será o primeiro em estabelecer que uma parte significativa – neste caso 40% – do ingresso que será obtido por meio do imposto estadual sobre a venda será dirigida às comunidades mais afetadas pela criminalização – ou seja, onde houve mais detenções de usuários, sobretudo em comunidades afro-estadunidenses e latinas, sob a chamada “guerra contra as drogas”

E ainda mais, a lei apagará as fichas criminais daqueles condenados por delitos que já não estarão proscritos e permitirá que estes e outros envolvidos no comércio antes ilícito da maconha possam participar deste novo setor agora legalizado.

Nos próximos meses serão estabelecidos os mecanismos para regular o novo mercado legal, incluindo entregas em domicílio, locais de “consumo” e outras coisas, embora os chamados dispêndios não estarão operando até dentro de um ano ou mais. 

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Algumas partes da lei entraram em vigor de imediato: individualmente é permitido ter até 3 onças de cannabis ou 24 gramas de concentrações dessa droga para uso recreativomaconha em público, nos lugares onde é permitido fumar tabaco, mas não em escolas, locais de trabalho nem em automóveis; podem ser cultivadas até seis plantas em casa para uso pessoal. 

O uso medicinal da cannabis em Nova York foi legalizado em 2014.

David Brooks, correspondente de La Jornada em Nova York

La Jornada, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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David Brooks Correspondente do La Jornada nos EUA desde 1992, é autor de vários trabalhos acadêmicos e em 1988 fundou o Programa Diálogos México-EUA, que promoveu um intercâmbio bilateral entre setores sociais nacionais desses países sobre integração econômica. Foi também pesquisador sênior e membro fundador do Centro Latino-americano de Estudos Estratégicos (CLEE), na Cidade do México.

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