Jair Bolsonaro (PSL-RJ) volta atrás e pretende reincorporar, a partir de agosto, através de medida provisória, os profissionais cubanos para o Programa Mais Médicos.
Os médicos cubanos tiveram de sair do programa com o rompimento do acordo de colaboração entre Brasil e Cuba, mas a ideia é que voltem a trabalhar na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) por um período de dois anos. Terminado esse prazo, precisarão revalidar o diploma.
A perseguição aos cubanos dentro do programa Mais Médicos se deu ainda antes de Bolsonaro assumir o governo. O governo de Cuba anunciou a retirada dos médicos no dia 14 de novembro, citando “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos profissionais no Brasil.
O então presidente eleito chegou a comparar os profissionais cubanos que vinham atuar no País a escravos.
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Os médicos cubanos tiveram de sair do programa com o rompimento do acordo de colaboração entre Brasil e Cuba
Na época, o Ministério da Saúde lançou novo edital do programa sete dias após Cuba anunciar a saída do convênio. O chamado do governo federal abriu 8.517 vagas em quase 3 mil municípios e 34 distritos indígenas. As vagas nunca foram preenchidas, médicos respondem aos editais, até se mudam para as cidades escolhidas, mas após um curto período desistem do posto, em troca de pontos mais próximos dos centros urbanos. Por conta disto, o governo Bolsonaro recua.
A estimativa é de que 2 mil dos 8 mil profissionais que vieram para o Brasil permaneceram aqui depois do fim do acordo, muitos na esperança de serem readmitidos no SUS. Cerca de 700 médicos têm a situação regularizada, porque se casaram com brasileiros. Somente os cubanos que trabalharam no Mais Médicos e permaneceram no País teriam direito à reincorporação, por meio de um credenciamento.
Embora boa parte da proposta já esteja alinhada, há ainda alguns pontos a ser definidos. Entre eles está o novo nome do programa. A avaliação no governo é de que o Mais Médicos se transformou em uma marca do governo de Dilma Rousseff.
Com informações do Estadão
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