Nas últimas semanas, o governo cubano anunciou que iniciará a terceira fase de testes da Soberana 2, uma de suas quatro vacinas contra a Covid-19. O imunizante, que deverá ser capaz de produzir anticorpos para inibir a entrada do vírus, também estará disponível para turistas que visitarem a ilha.
O objetivo é que a Soberana 2 seja autorizada para uso emergencial já em março deste ano. Cuba espera produzir 100 milhões de doses para vacinar toda sua população ainda em 2021 e ofereceu o imunizante para o Vietnã, Irã, Venezuela e Índia.
Apesar de possuírem fórmulas diferentes, as quatro vacinas funcionam de maneira semelhante. Estas podem ser mantidas em uma refrigeração entre 8°C e 2°C, além de se basearem no mesmo tipo de antígeno e em uma molécula transportadora que reforça a eficácia do imunizante.
Cuba será o primeiro país latino-americano a produzir do zero sua própria vacina contra o coronavírus
Para o diretor do Instituto Finlay de Vacinas, Vicente Vérez, a estratégia de Cuba de comercializar a vacina combina humanidade e a necessidade do país desenvolver seus próprios medicamentos para o povo cubano. “Não somos uma multinacional que vê o retorno financeiro como prioridade”, completa.
Opera Mundi
Cuba espera produzir 100 milhões de doses para vacinar toda sua população
Soberania na produção de vacinas
Após cientistas cubanos produzirem a primeira vacina contra a meningite B, no final da década de 1980, o líder revolucionário Fidel Castro inaugurou o Instituto Finlay com o objetivo de encontrar maneiras de superar o embargo estadunidense que perdura até os dias de hoje.
Mesmo que o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, amenize as medidas restritivas reforçadas pela administração Trump, o país norte-americano não terá um papel importante no desenvolvimento da Soberana 2.
“Não somos uma multinacional que vê o retorno financeiro como prioridade”
Segundo Vérez, os principais contatos para contribuição na vacina estariam na Europa e no Canadá. Caso a Soberana 2 avance na terceira fase, Cuba será o primeiro país latino-americano a produzir do zero sua própria vacina contra o coronavírus.
Beatriz Contelli é estudante de jornalismo e colabora com a revista Diálogos do Sul
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