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7 de setembro: das histórias de D. Pedro às farsas criadas por Bolsonaro e seus milicianos

Temos que construir o verdadeiro dia da independência do Brasil e encerrar esse controle bolsonarista do capitalismo neoliberal e protofascista
Claúdio di Mauro
Diálogos do Sul Global
Uberlândia (MG)

Tradução:

* Atualizado em 7 de setembro de 2023 às 13h29.

Estamos Prestes a comemorar mais um dia da independência do Brasil em relação ao império de Portugal.

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Há diferentes histórias ou estórias dos acontecimentos às margens do riacho do Ypiranga em São Paulo. D. Pedro, vindo do Rio de Janeiro teria recebido uma carta de Portugal e decidira proclamar o Grito da Independência. 

Há quem diga que a “carta vinda de Portugal” fora rasgada. Há outros que argumentam sobre seu uso com a mesma função de “papel higiênico”, após diarreia. Há também quem imagine um herói D. Pedro sobre um lindo cavalo gritando “Independência ou Morte”. 

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Enfim, a história do Brasil é repleta de situações inusitadas. O jornalista Laurentino Gomes popularizou diversos episódios dos acontecimentos.

Bolsonaro estaria disposto a protagonizar mais um fato histórico que tenha caráter de humorismo ao ser contado para as futuras gerações?

Afinal de contas, que militar é esse, já expulso das armas, que desrespeita os bens nacionais, e se coloca a serviço de interesses estrangeiros? Não estaria no tempo para que o Brasil seja levado a sério?

Bolsonaro tem sido um governante com ações e providências que estão sempre seguidas de recuos. Na prática, ele tem sido protagonista e gerado tensões e medos, como forma de manter o controle e seu “poder”. A prática de um golpe contra seu próprio governo tem sido uma ameaça continuada. Implantou no governo o comando geral dado por militares da ativa e outros da reserva. 

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Triste realidade para as Forças Armadas como instituição. Mas, atendendo interesses personalizados por gente que está disposta a explorar as economias baseadas nas riquezas transferidas do povo empobrecido e subalternizado. 

Afinal, quem tem sido beneficiário dessa metodologia impositiva de administrar os bens públicos e as pessoas?

Estudos científicos demonstram que os mais ricos acumularam muito, ficaram mais ricos durante os recentes anos do governo Bolsonaro. Os empobrecidos estão cada vez mais submetidos à super-exploração. Milhões de brasileiros ficaram e estão sem trabalho, submetidos a processos agressivos do desemprego e do subtrabalho para sobrevivência. 

É o capitalismo no seu formado de maior exploração contra os seres humanos, em que nada funciona com reconhecimento de direitos trabalhistas. Os seres humanos são objetos, mercadorias levadas ao esgotamento físico e psicológico, para atender interesses privados.

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Temos que construir o verdadeiro dia da independência do Brasil e encerrar esse controle bolsonarista do capitalismo neoliberal e protofascista

Montagem Diálogos do Sul
Bolsonaro estaria disposto a protagonizar mais um fato histórico que tenha caráter de humorismo ao ser contado para as futuras gerações?

Assim é que como com a superexploração dos seres humanos, não tem sido diferente o tratamento aos demais componentes da natureza. Amazônia, Pantanal Matogrossense, Cerrado têm sido submetidos aos interesses do empresariado depredador que saqueia as madeiras mais nobres, incendeia biomas para substituir a vegetação com implantação de pastagens e plantios objetivando a produção de commodities de exportação, o agronegócio capitalista.  

Com isso e com esse tipo de exploração, o Brasil vai perdendo suas áreas úmidas. Perdem-se componentes públicos da natureza em favor de interesses privados. Episódios com precipitações pluviais ampliam suas torrencialidades e as águas que encharcava grandes áreas, produzem erosões e são levadas para os mares. Fica reduzida a infiltração para alimentação dos lençóis freáticos e ampliam-se os períodos de estiagem ficam aumentados os tempos de secas nas superfícies da crosta terrestre.

Em síntese, é esse o modelo administrativo que prevalece no governo. Não é justo fazer contra nossa população o saque característico do capitalismo neoliberal e protofascista. 

Infelizmente, essa tem sido a metodologia aplicada pelo governo Bolsonaro-Mourão-Guedes, representando as corporações estrangeiras, com lacaios no empresariado brasileiro, defendido e mantido por forças de setores militaristas. O Brasil está sob o jugo de uma visão ditatorial.

O que prometem para 7 de setembro, Bolsonaro–corporações capitalistas nacionais, estrangeiras em conluio com setores militaristas?

Prometem o uso da força para impor suas vontades e apropriação de vantagens econômicas e dominação sobre a exploração das pessoas e dos demais componentes da natureza. 

Querem a visão atrasada e desrespeitosa da superexploração do sofrimento humano para atender maiores enriquecimentos de setores que já têm sido exageradamente beneficiados. Para isso se apresentam como dispostos a usar as forças das armas, a violência, a tortura, a matança de opositores e de quem se arvorar como defensor da vida democrática e justa para todas as pessoas.

As promessas de bolsonaristas para 7 de setembro, conforme afirmou o Ministro do STF Ricardo Lewandowski, poderá ter consequências de crimes inafiançáveis e imprescritíveis.

Os setores que se opõem a essa postura das “autoridades” desse governo, prometem ir às ruas para defender a democracia, os direitos humanos e sociais sobre a vida no Brasil. Certamente esses setores sociais correspondem à maioria da população brasileira. Não podem se submeter à agressividade de interesses ditatoriais.

O Brasil tem que ser para todos(as) os(as) brasileiros e brasileiras: justo, livre, independente.

Dia 7 de setembro tem que se constituir no verdadeiro dia da independência do Brasil e encerramento desse controle bolsonarista do capitalismo neoliberal e protofascista.

Cláudio Di Mauro | Geógrafo e colunista da Diálogos do Sul.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

Claúdio di Mauro

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