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ToggleO embaixador russo em Washington, Anatoli Antónov, repudiou as ameaças de sanções e as acusações contra seu país incluídas no recente acordo entre os Estados Unidos e a Alemanha sobre o projeto Nord Stream 2.
Antónov disse que Moscou não aceita tal discurso, “assim como não podemos aceitar a prática de sanções unilaterais ilegítimas”, em declarações à imprensa, segundo a agência de notícias TASS.
Assegurou que o tom hostil da declaração utilizado para com a Rússia contradiz o espírito das conversas entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo estadunidense, Joseph Biden, em 16 de junho último, em Genebra.
Segundo o que foi acertado na véspera entre Washington e Berlim, os Estados Unidos não criarão obstáculos à finalização do Nord Stream 2, mas reservam-se o direito de agir ante o suposto “uso da energia por parte da Rússia como arma geopolítica na Europa” e para “agressões contra a Ucrânia”.
O documento também estabelece que em tais casos, a Alemanha terá que tomar “medidas rápidas” em nível nacional e “insistir em uma ação eficaz junto à União Europeia”.
“As tentativas de apresentar-nos como um agressor e um país que leva a cabo atividades maliciosas tornaram-se a marca distintiva dos russófobos. As ameaças que nos são dirigidas são infundadas e inúteis”, disse Antónov.
Ressaltou que a Rússia demonstrou ser um sócio confiável durante muitos anos de interação honesta com a Europa e outros consumidores de hidrocarburos.
“Nunca impusemos nossos produtos a ninguém, não usamos os recursos energéticos como instrumento de pressão política e não tentamos resolver nenhum objetivo estreitamente oportunista como nos atribuem”, afirmou.
O diplomata denunciou que depois de tais acusações aparecem as tentativas estadunidenses de estabelecer uma concorrência desleal.
Prensa Latina
A Comissão Europeia (CE) tomou nota do acordo obtido por Estados Unidos e Alemanha sobre a finalização das obras do gasoduto russo.
Nord Stream 2 facilitará a transferência de até 55 bilhões de metros cúbicos de gás natural por ano da Rússia para a Alemanha pelo fundo do mar Báltico, mas prejudicará as empresas dos Estados Unidos que vendem gás natural de xisto aos países da região.
Antónov advertiu que a construção deste gasoduto, como a de outros por parte da Rússia, são objeto de acordos comerciais com os Estados interessados no combustível da nação euroasiática.
“A Rússia está pronta para fornecer aos consumidores exatamente a quantidade de hidrocarburos de que necessitem “, garantiu.
Europa toma nota de acordo Alemanha-EUA sobre gasoduto
A Comissão Europeia (CE) tomou nota do acordo obtido por Estados Unidos e Alemanha sobre a finalização das obras do gasoduto russo Nord Stream 2, informou a imprensa capitalina.
Vamos analisar esse acordo com os países membros da União Europeia (UE) e com nações vizinhas, como a Ucrânia, comentou um porta-voz do órgão executivo desse bloco comunitário.
Estamos dispostos a debater o referido assunto no marco do acordo de associação da UE e Ucrânia, ainda que no momento carecemos de um pedido oficial nesse sentido de Kiev, esclareceu uma fonte oficial da entidade comunitária, citada aqui pela agência TASS.
A esse respeito, a UE reconheceu a Ucrânia como sócio seguro no assunto do trânsito de gás para o Velho Continente e por isso está disposta a abordar o que se refere à extensão de um acordo para a passagem de gás natural pelo território ucraniano.
O bloco europeu explicou que a construção do Nord Stream 2 de nenhuma forma constitui um tema geral de discussão dessa organização regional, onde a Polônia aparece como um dos principais detratores da finalização do mencionado duto.
A Alemanha esclareceu na véspera que o acordo pactado com os Estados Unidos, que acusou em determinado momento de aplicar leis extraterritoriais para sancionar as empresas envolvidas no citado gasoduto, contém condicionantes para a Rússia.
Depois de suportar pressões nos últimos três anos para paralisar as obras do Nord Stream 2, que levará gás diretamente da Rússia a seu país, o governo alemão concordou com um acerto que pretende regulamentar os vínculos na esfera energética entre a Rússia e a Europa.
Em meio à forte campanha desencadeada pela Polônia na UE e pela Ucrânia, fora desse bloco, Berlim afirmou que exigirá de Moscou manter essa república ex-soviética como território de trânsito, muito além da implementação do Nord Stream 2.
A esse respeito, o embaixador russo em Washington, Anatoli Antónov, rejeitou as acusações infundadas contempladas no mencionado acordo.
O tom hostil em relação à Rússia da declaração contradiz o espírito das conversas entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo estadunidense, Joseph Biden, em 16 de junho último, em Genebra, declarou Antonov.
Segundo o acertado ontem entre Washington e Berlim, os Estados Unidos não criarão obstáculos à finalização do Nord Stream 2, mas reservam-se o direito de agir ante o suposto uso da energia por parte da Rússia como arma geopolítica na Europa.
Tradução de Ana Corbisier
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