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PP e Vox, de direita e ultradireita, ignoram violência política contra mulheres na Espanha

Situação tem levantado debates no país sobre o contraste entre os feminismos excludente e integrador
Armando G. Tejeda
La Jornada
Madri

Tradução:

A violência machista, cuja existência é negada pelo ultradireitista Vox, e os tipos de feminismos – o “integrador” e o “excludente” – são os principais temas de debate e enfrentamento na campanha para as eleições gerais do próximo 23 de julho. 

O candidato do direitista Partido Popular (PP), Alberto Núñez Feijóo, favorito na contenda, disse não haver importância uma condenação por violência de gênero de um deputado do Vox, ao assegurar que teve “um divórcio duro”. 

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A aspirante da coalizão de esquerda Sumar e a segunda vice-presidenta do governo, Yolanda Díaz, replicou que suas declarações “legitimam o maltrato à mulher e lhe inabilitam para ser presidente do governo”. 

O chefe de governo, o socialista Pedro Sánchez, reconheceu esta semana que o feminismo “excludente” que pregaram seu governo e sua ministra de Igualdade, a líder do Podemos, Irene Montero, provocou “incomodidade” em um setor importante da população. E advogou por recuperar o “feminismo integrador, que historicamente foi defendido por seu Partido Socialista Obrero Espanhol, com figuras como Amelia Valcárcel, que após ser apartada por sua formação política que agora apoia Núñez Feijoó.

De 1945 a 2022, 927 pessoas sofreram abusos por membros da Igreja Católica da Espanha

Inclusive na esquerda há uma fratura. Sumar, à qual se integrou o Podemos, excluiu Montero sem explicações de suas listas eleitorais, embora extraoficialmente se sustente que sua imaginação respondeu ao seu desgaste como dirigente política. 

Também em Sumar transcendeu que quem ia como principal candidato na circunscrição de Álava para o Senado, Aitor Abecia, foi obrigado a desistir após ser condenado por violência de gênero. 

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As negociações entre o PP e Vox para formar um governo de Extremadura fracassaram. A candidata do PP, María Guardiola, rechaçou a postura de Vox para com a mulher: “Não posso deixar de entrar em meu governo aqueles que negam a violência machista”. 

Armando G. Tejeda | La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.
Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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Armando G. Tejeda Mestre em Jornalismo pela Jornalismo na Universidade Autónoma de Madrid, foi colaborador do jornal El País, na seção Economia e Sociedade. Atualmente é correspondente do La Jornada na Espanha e membro do conselho editorial da revista Babab.

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