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Um coro de multidões apoia outorga de Nobel da Paz à Brigada Médica Cubana Henri Reeves

Completando 15 anos de serviços prestados a humanidade, hoje, enfrentando a Covid-19, brigadistas atuam em 30 países erguendo a bandeira da solidariedade
Gustavo Espinoza M.
Diálogos do Sul
Lima

Tradução:

Inúmeras vozes se levantaram em um e outro confim do planeta. Intelectuais, artistas, personalidades políticas, líderes sociais, Chefes de Estado e de Governo, ministros, altos funcionários de organismos internacionais, outros ganhadores de Prêmios Nobel da Paz e muitíssimas outras figuras do mundo contemporâneo; elas propuseram à Academia Sueca a outorga do Prêmio Nobel da Paz à Brigada Médica Cubana Henri Reeves por seus elevados méritos académicos, científicos e profissionais em defesa da humanidade.

A Brigada foi criada em setembro de 2005 por iniciativa de Fidel Castro como uma maneira de estimular o abnegado esforço dos trabalhadores cubanos da saúde, cuja missão é proporcionar assistência aos habitantes de zonas sinistradas em diversos países.

Estiveram em Angola, depois no Haiti, Chile, Paquistão e outros países no empenho de enfrentar epidemias, inundações, terremotos e outras catástrofes naturais. Já completaram 15 anos de trabalho. E hoje, enfrentando a Covid-19, atuam em 30 países erguendo a bandeira da solidariedade.

Não obstante, sua presença, ao mesmo tempo que desperta expectativa e esperança a milhões de pessoas, é combatida por determinados núcleos da sociedade, em alguns casos cativos de notícias de corte ideológico e político; e em outros, simplesmente arrastados pela ignorância e pelo preconceito.

Os Brigadistas Cubanos levam o nome de Henri Reeves, um combatente nova iorquino que lutou pela Independência de Cuba e caiu por ela em 1876.  Reviver sua lembrança foi uma maneira de expressar um sentimento de amor ao povo dos Estados Unidos, do qual se encontra desafortunadamente separado pela política agressiva da Casa Branca, empenhada em guerras sinistras contra Cuba.

Completando 15 anos de serviços prestados a humanidade, hoje, enfrentando a Covid-19, brigadistas atuam em 30 países erguendo a bandeira da solidariedade

Prensa Latina
Hoje, enfrentando a Covid-19, as Brigadas atuam em 30 países erguendo a bandeira da solidariedade

Brigadistas no Peru

Hoje a Brigada Médica Cubana trabalha no nosso país a partir de um acordo de colaboração subscrito entre os governos do Peru e de Cuba, com o propósito de ajudar nossa pátria, particularmente afetada pela crise sanitária da COVID-19.

Oitenta e sete médicos, enfermeiras e trabalhadores sanitários de primeiro nível chegaram no início de julho, e trabalham nas regiões que lhes foram determinadas pelo governo central.

Em Arequipa, Moquegua, Ayacucho e Chimbote, foram recebidos com afetuoso carinho pelos habitantes, sobretudo por aqueles que vivem em zonas deprimidas e esquecidas da vida nacional. No entanto, sua presença enfrentou resistências de alguns, tomados pelo ódio e pela mentira. 

EUA versus Cuba

Como é sabido, Washington se dirigiu recentemente a todos os governos para que não aceitam a presença das Brigadas Médicas Cubanas. As autoridades estadunidenses, acostumadas a enviar exércitos apetrechados com armas letais, não admitem o Exército de Aventais Brancos que Cuba exporta para salvar a vida de milhões de pessoas em diferentes áreas do planeta. Inclusive houve uma chamada nesse sentido de Donald Trump a Martín Vizcarra. Mas nesse caso a pressão não deu resultado. 

A Grande Imprensa tem seguido na mesma porfia. Diários como “El Comercio”, “Peru 21”, “Correo” e outros, e emissoras de Lima e do interior do país não deram folga ao tema, e lutam por desacreditar a presença médica cubana.  

Nem sequer lhes importa que médicos peruanos formados em Cuba, como o Dr. José Paredes Abanto, oferecessem sua vida para salvar seus pacientes, e outros como o Dr. Milton Pacho executassem essa mesma tarefa em primeira linha, combatendo a pandemia. Para eles, o importante não é reconhecer méritos, mas sim impedir que cresça no mundo a imagem de Cuba, à qual temem e odeiam. 

Em alguns casos recorrem somente a algumas consignas de outrora, assegurando que a presença de Cuba “nos acerca ao Socialismo”, que eles detestam; e em outros, buscam levantar acusações que carecem de qualquer sustentação. 

Para o primeiro, recorrem a ex-militares ou ex-policiais, veteranos da Guerra Suja, que agiram convencidos pela Classe Dominante de que sua tarefa era defender a sociedade opressora, à qual se aferram com unhas e dentes; e para o segundo, se valem de declarações tendenciosas de gente interessada. Quanto a isso, é bom precisar algumas questões.

Medicina preventiva

No mundo capitalista, o objetivo dos médicos, é curar doentes. No mundo socialista a tarefa é impedir que às pessoas sadias fiquem doentes. Em Cuba a medicina é preventiva. E quando é aplicada aqui, busca-se assegurar que os sadios não fiquem doentes, e quando ficam doentes não se agravem; e que os que se agravem, não morram. Nisso consiste preservar e salvar vidas. 

A outra coisa, é mais formal. Os médicos devem trabalhar protegidos por protocolos já ditados pela OMS e recolhidos no convênio estabelecido. Estes devem ser aplicados para peruanos, e de outras nacionalidade que afrontam a tarefa. E todos devem receber a remuneração correspondente. 

Nesse marco, a Brigada tem trabalhado em sua totalidade todos os dias, sem qualquer interrupção no lugares que lhe foram determinados. Em Cuba não morreu um único médico durante a pandemia. Aqui não poderíamos dizer o mesmo. 

Quanto à qualidade dos serviços, não se necessitam palavras. A vida a confirmar. O Nobel da Paz seria um legítimo reconhecimento. 

Gustavo Espinoza M , Colaborador de Diálogos do Sul de Lima, Peru.

Tradução: Beatriz Cannabrava /Ana Corbusier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.
Gustavo Espinoza M. Jornalista e colaborador da Diálogos de Sul em Lima, Peru, é diretor da edição peruana da Resumen Latinoamericano e professor universitário de língua e literatura. Em sua trajetória de lutas, foi líder da Federação de Estudantes do Peru e da Confederação Geral do Trabalho do Peru. Escreveu “Mariátegui y nuestro tiempo” e “Memorias de un comunista peruano”, entre outras obras. Acompanhou e militou contra o golpe de Estado no Chile e a ditadura de Pinochet.

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