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Bernie Sanders confronta Moderna e Pfizer por preços abusivos em vacinas anti-covid

Sanders exigiu ao presidente do laboratório Moderna, Stephane Bancel, testemunhar ante o comitê do senado para Saúde, Educação, Trabalho e Pensões
Redação La Jornada
La Jornada
Cidade do México

Tradução:

O senador de Vermont, Bernie Sanders, culpou, no último dia 18, a cobiça das companhias farmacêuticas pelos próximos aumentos de preço dos altos custos dos medicamentos em geral. 

No programa da cadeia CBS, Face the Nation, afirmou que há espaço no bipartidarismo para reduzir os custos para a classe trabalhadora. 

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Em uma entrevista no marco do lançamento de seu novo livro “It’s OK to Be Angry About Capitalism” (Tudo bem ter raiva do capitalismo), o senador disse que, nos Estados Unidos, sendo o país mais rico do mundo, dois terços de sua população não tem cobertura de saúde social, não tem acesso a creches nem poderá enviar seus filhos à universidade, e afirmou que uma série de interesses impedem que haja reformas que mudem essa realidade, porque existe um sistema corrupto no poder. 

Sanders recentemente exigiu ao presidente do laboratório Moderna, Stephane Bancel, testemunhar ante o comitê do senado para Saúde, Educação, Trabalho e Pensões quando a farmacêutica sugeriu quadruplicar o preço de sua vacina anti-covid, uma vez que esta se tornou disponível no mercado privado, agora que as doses armazenadas pelas autoridades se esgotarão no verão. 

Sanders exigiu ao presidente do laboratório Moderna, Stephane Bancel, testemunhar ante o comitê do senado para Saúde, Educação, Trabalho e Pensões

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Bernie Sanders: "Estadunidenses pagam 45 bilhões de dólares por ano aos sistemas de saúde para financiar esses avanços”

O senador sublinhou que o governo estadunidense deu bilhões de dólares à Moderna para desenvolver sua vacina e asseverou que fará o possível para que não quadruplique seu preço. Quando a entrevistadora lhe assegurou que as farmacêuticas necessitam muito dinheiro para o desenvolvimento da tecnologia e da inovação, Sanders negou enfaticamente, agitando o dedo na frente do rosto de sua interlocutora, e afirmou que a indústria é “enormemente cobiçosa”. A Pfizer Biontech também anunciou sua intenção de cobrar pelo menos 110 dólares por dose de sua vacina: o triplo do que a administração Biden pagou durante a pandemia. 

As injeções serão gratuitas para aqueles que contam com seguros médicos, mas só uma mínima parte da população estadunidense tem essa cobertura. 

Sanders acrescentou que a intenção da Moderna de filiar-se a um programa de ajuda a pacientes lançado pelo comitê do Senado é um passo na direção correta, mas assinalou que as farmacêuticas mantêm o preço de todos os medicamentos receitados a preços inacessíveis para a maioria.

“Diga-me porque pagamos 10 vezes mais por remédios nos Estados Unidos em comparação ao Canadá e outros países, enquanto que ano após anos a indústria farmacêutica maneja dezenas de bilhões e paga aos seus diretores salários exorbitantes”, apontou. 

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“Claro que queremos que as companhias façam pesquisa e se desenvolvam, mas os contribuintes pagam 45 bilhões de dólares por ano aos sistemas de saúde para financiar esses avanços”, agregou. 

Sanders, que aos seus 82 anos pretende reeleger-se para seu posto nas eleições de novembro próximo, considerou que a recente proposta da candidata presidencial republicana, Nikki Haley, de submeter a provas de competência mental políticos com mais de 75 anos, é “discriminatória e absurda”, mas assinalou que simplesmente é uma luta a mais que tanta gente trava contra outras atitudes como o racismo e a homofobia.

Redação | La Jornada
Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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