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O Socialismo é a única saída, mas como? | Pt 3: Movimentos sociais X revoluções coloridas

Luta pela tomada do poder e transformação da sociedade implica, além da organização de base, luta ideológica - coisa a direita faz com perfeição
Marcelo Colussi
Prensa Latina
Cidade da Guatemala

Tradução:

Esta publicação é parte de uma série de três artigos. Leia também:
O Socialismo é a única saída, mas como? | Pt 2: Caminhos para evitar e para seguir
O Socialismo é a única saída, mas como? | Pt 2: Caminhos para evitar e para seguir

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Sempre é preciso ter claro que a exploração econômica – sem importar a cor da pele nem o gênero – é o que define a dinâmica social.

Imediatamente surge uma preocupação: por todo o mundo estão aparecendo movimentos populares. O leque é amplo e dá para muito: junto a estes movimentos camponeses-indígenas que vemos na América Latina, aparecem outros grupos que, curiosamente, levantam bandeiras “pró democráticas”. Mas nem todos estes movimentos são iguais.


Aqueles que são visualizados na geoestratégia de Washington como um perigo têm uma lógica totalmente distinta destes que se levantam como “defensores da democracia”. Estes últimos devem ser vistos e entendidos em seu contexto.

Luta pela tomada do poder e transformação da sociedade implica, além da organização de base, luta ideológica - coisa a direita faz com perfeição

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O capitalismo oferece bem estar a uns poucos 15% da população mundial; o resto passa necessidade




Três referências importantes

No mínimo, poderíamos apontar três referências: 1) as revoluções coloridas que surgiram nestes últimos anos nas ex-repúblicas soviéticas, 2) o que se chamou de Primavera Árabe, e 3) os movimentos de estudantes democráticos na Venezuela.

Daí se passará à “luta contra a corrupção” estimulada por Washington, sempre como um biombo que não toca as molas fundamentais do sistema – a corrupção é um efeito do sistema, e não a verdadeira causa das penúrias dos povos. Há mais movimentos “libertários”, sempre nesta linha de suposta “defesa da democracia” e repúdio ao que soe como “ditadura populista”; assim poderiam mencionar-se as Damas de branco de Cuba, por exemplo, ou os movimentos anti-aborto e pela vida em distintas regiões, as turbas bolsonaristas no Brasil que tentam deter o “comunismo” de Lula e do Partido dos Trabalhadores, mostrando midiaticamente estas mobilizações como respostas populares espontâneas (o que, certamente, não são).

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O que representam, na realidade, estes movimentos? Não são, em sentido estrito, movimentos autenticamente populares. Com as diferenças de caso, todos têm linhas comuns. As chamadas “revoluções coloridas” (revolução das rosas na Geórgia, revolução laranja na Ucrânia, revolução das tulipas no Kirguistão, revolução branca na Bielorrússia, revolução verde no Irã, revolução açafrão na Birmânia, revolução dos jasmins em Túnis, assim como os “movimentos de estudantes democráticos antichavistas” na República Bolivariana da Venezuela) são forças aparentemente espontâneas, que têm sempre como objeto principal opor-se a um governo ou projeto contrário aos interesses geoestratégicos dos Estados Unidos.

São notas distintivas também destes movimentos seu grande impacto midiático (chamativamente amplo, certamente, o que não têm os movimentos de defesa territorial como os populares), sempre de nível mundial, a participação de grupos juvenis, na grande maioria dos casos estudantes universitários. E também o fato de receber, direta ou indiretamente, recursos de agências estadunidenses, tais como a USAID, a NED, a CIA ou a Fundação Soros, apoio em geral negado e/ou escondido.

Nesta linha poderia inscrever-se muito do que aconteceu com a Primavera Árabe (2010-2012), que pode ter começado como um autêntico protesto popular, espontâneo e com grande energia transformadora, ou pelo menos de denúncia crítica, mas que rapidamente degenerou (ou foi cooptada) por esta ideologia “democrática” – e provavelmente manipulada por este projeto de dominação ligado às tristemente célebres agências mencionadas.

Dito rapidamente, estas supostas mobilizações têm uma agenda clara: servir aos interesses desestabilizadores favoráveis à Casa Branca e boicotar projetos com características socializantes ou populares. Nesse sentido, estão muito longe de poder ser equiparados aos movimentos populares antissistêmicos a que nos referimos mais acima, os quais reivindicam territórios e se opõem a esta nova camada de rapina capitalista de recursos estratégicos liderada por capitais globais em concordância com capitais e/ou governos nacionais dos países mal chamados “periféricos”.

Estes movimentos populares, em geral espontâneos, não têm claramente um conteúdo classista, e não em todos os casos falam uma linguagem marxista. São, pelo contrário, expressão de um descontentamento que se abriga nas grandes massas de danificados, em muitos casos rurais – em atenção à principal dinâmica dos países latino-americanos, que são em boa parte agroexportadores com um forte peso do agrário em sua composição econômico-política, social e cultural. 

Mas embora não se enquadrem no que a teoria econômica marxista clássica poderia ter visto como o necessário fermento revolucionário: um proletariado industrial, ou uma massa de trabalhadores explorados que reivindica seus direitos mínimos, constituem uma maré de protestos e rebeldia que perfeitamente pode ajudar a acender ânimos, mechas de transformação, calores revolucionários. Não esquecer que todas as revoluções socialistas consumadas até agora deram-se em países industrialmente atrasados e com amplas massas camponesas.

Nesse sentido, é mais que evidente que a luta de classes está presente, sempre no centro da dinâmica social, não importando as diversas formas que possa assumir. Os protestos que percorrem boa parte do mundo, que tinham assumido um caráter incendiário antes da pandemia, todas as mobilizações que em 2019 faziam pensar em um fermento revolucionário (mobilizações em praticamente toda a América Latina, no Oriente Médio, coletes amarelos na França, explosões populares em diferentes países) são uma evidente expressão desta luta de classes.

Até um magnata de Wall Street como Warren Buffet pode dizer: “Claro que há lutas de classe, mas é minha classe, a classe rica, que está fazendo a guerra, e estamos ganhando”. Ocorre que este monumental descontentamento dos povos e setores oprimidos de todo o planeta permanece na explosão espontânea, dado que atualmente não existe um projeto revolucionário claro que possa dirigir todo este mal estar acumulado, levando a uma explosão revolucionária.


Transformação revolucionária

Para propor com chance de real possibilidade a transformação revolucionária e permanente da sociedade, deve existir um plano de ação, uma proposta programática mínima. Se não, cai-se no puro espontaneísmo, na improvisação, nas condutas reativas. Contar com esta plataforma pressupõe:

1) um profundo trabalho organizativo no próprio seio da comunidade e uma comunicação de mão dupla com os distintos setores sociais, a partir do que pode-se construir o programa de ação, e

2) ter quadros políticos preparados e prontos para a luta, que estejam em condições de viabilizar efetivamente o programa em questão. Tudo isto implica no titânico trabalho de transformar o que agora aparece como discurso hegemônico (o discurso neoliberal triunfante que preenche todos os espaços e não dá fôlego, fazendo passar a proposta socialista como um arcaico impecilho de um passado remoto que parece não poder retornar), opondo-lhe um discurso contrahegemônico que comece a ser sentido como possível, e inclusive atraente, para o grosso da população. Isso, sem dúvida, deve ser o objetivo central do trabalho político na esquerda, o que quem erga as bandeiras deverá fazer. Contar com um programa, afinal, é abrir a possibilidade de ter uma linha de ação. Mas para poder chegar a isso é necessário articular um duplo trabalho, tão importante um como o outro.


Lênin

Estar com as bases, com os movimentos sociais, ser parte deles. Dizia Lênin que “A revolução não se faz; se organiza”. A força política que seja organizada e possa por-se à frente das lutas deverá estar em condições de articular os distintos movimentos sociais de base que levam adiante suas lutas setoriais específicas. É nos movimentos sociais que está a verdadeira força transformadora, mas entendendo “movimentos” como os lugares de organização a partir dos quais desenvolver a resistência primeiro, e a proposta de mudança depois (obviamente, quando seja possível.

Hoje não parece ser o momento): classe operária industrial urbana, proletariado rural, campesinato, movimento de mulheres, movimento estudantil, desocupados, movimento de jovens, de donas de casa etc. A estratégia deverá levar a trabalhar com cada um desses setores, considerando sua particulariedade e suas demandas específicas. Em nenhum caso a força que impulsione essas luchas será – auto denominando-se – a vanguarda do setor em questão. Em todo caso, inserindo-se nas dinâmicas em curso, com um perfil socialista claro, será um mais na luta, a partir de baixo, buscando divulgar o ideário revolucionário (poderia dizer-se: “uma infiltração sadia”).

Tem-se assim um fenomenal trabalho: “trabalho de formiga”, do dia a dia, de convencimento, de aproximação. Nesse sentido, o que é conjuntural poderá ser o ponto de partida para a aproximação, tendo sempre clara a perspectiva estratégica, consistente na transformação revolucionária da sociedade com a tomada do poder como primeira meta.

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A situação atual no campo popular

Ante a desunião e desarticulação que prima neste momento no campo popular em praticamente todo o mundo – foi o que produziram as políticas neoliberais destes últimos anos – dever-se-á buscar ser o aglutinador das lutas dispersas. Por isso é imprescindível contar com uma proposta programática de base que permita ter claras certas linhas básicas para uma ação estratégica. A participação ativa em cada movimento específico alimentará a formulação do programa revolucionário.

O que deve conter esta plataforma mínima? Elementos não conjunturais que sirvam para resistir ao aluvião neoliberal por ora, resistir e denunciar a reconfiguração do capitalismo global financeiro e mafioso que nos domina neste momento, de modo a ir estabelecendo as bases para dar passagem a propostas de mudança, talvez já não só em nível nacional como pensando em estratégias regionais (o que supõe a pergunta sobre até onde é possível hoje uma revolução nacional em países pequenos e dependentes, sem uma União Soviética apoiando, como antes, e com uma China que constrói um particular “socialismo de mercado” para dentro mas que não impulsiona movimentos revolucionários no exterior).

A luta pela tomada do poder e a transformação da sociedade implica, além da organização de base, na luta ideológica – coisa que, sem dúvida, a direita faz com perfeição; só para mostrar: na América Latina, por  meio dos grupos neo-evangélicos, conseguiu “amansar” os protestos, dividindo e cooptando enormes quantidades de população, desideologizando-a para a luta político-social, fomentando uma ideologia do conformismo e da resignação. Mais além do pomposamente declarado “fim da história” e “fim das ideologias” quando da queda do campo socialista da Europa de Leste, nenhuma ideologia terminou. Isso é por si só impossível. Enquanto haja grupos sociais confrontados na sociedade de classes, haverá ideologias em luta. Claro que a ideologia dominante é a da classe dominante que, manipulando infinitamente, por meio dos meios de comunicação, impõe um modelo, uma cultura. O que só reafirma que a história é escrita pelos vencedores, o que evidencia que há outra história, e que é ali que devemos influir.

É por isso que, frente ao avanço fenomenal que o pensamento de direita obteve nas últimas décadas a partir dos triunfos político-militares concretos (leia-se: os massacres com que o neoliberalismo se impôs, basicamente na América Latina com monstruosas guerras contrainsurgentes), torna-se imperiosamente necessário levantar muralhas e propor alternativas. Em tal sentido é imprescindível travar uma dura batalha ideológica tratando de recuperar o terreno perdido nestes anos, recompondo a imagem do que significa o socialismo, mostrando que as experiências burocráticas e autoritárias que sim, efetivamente ocorreram em muitos países que começaram a transitar por este caminho, estão sujeitas a uma profunda revisão crítica e que as ideias socialistas continuam válidas, úteis e superadoras da atual catástrofe social, não sendo possível associá-las a estas versões anquilosadas e refratárias como a única possibilidade.


Frei Betto

É preciso ter claro, considerando as circunstâncias, o que disse o brasileiro Frei Betto: “O escândalo da Inquisição não fez com que os cristãos abandonassem os valores e as propostas do Evangelho. Do mesmo modo, o fracasso do socialismo no leste europeu não deve induzir a descartar o socialismo do horizonte da história humana”. É por isso que a recuperação ideológica, mais ainda em meio a esta fabulosa guerra midiático-psicológica que se vive, tem uma importâcia total. Portanto, devem ser ocupados todos os espaços ideológico-culturais que seja possível, transmitindo mensagens contrahegemônicas, travando esta luta com a maior paixão possível.


Qual é o caminho?

A organização que possa surgir de todo este esforço de recomposição ainda não está clara; os “progressismos” que agora abundam na região latino-americana não são o caminho. A experiência histórica nos diz: os golpes de Estado – sangrentos ou suaves, o lawfare ou guerra jurídica atual – ente utilizado pela direita – não desapareceram. Tudo indica que, se se trata de não repetir similares erros do passado, deve-se fazer um grande trabalho de revisão crítica. Descartando o que claramente não se quer (luta armada ou via eleitoral), sabendo que a força está na gente de carne e osso organizada, a “receita” primeira e fundamental passa pelo fomento da organização de base e a formulação de um programa mínimo que sirva para orientar o caminho.

O programa deverá ser claramente socialista, não social democrata. Não há nenhuma pressa eleitoral nem necessidade de mandar mensagens de “tranquilidade” política para que os poderes de fato não desconfiem (o que fazem os “progressismos”). Como não há pressa, a perspectiva deve ser a longo prazo para começar a somar esforços, somar companheiras e companheiros, somar mal estares dispersos. Claramente, desde o início, a intencionalidade deve focar na transformação social revolucionária, não no pacto social, na conciliação de classes, em trabalhar sobre “o possível”. Pensar sempre que a utopia é possível ou, como diria Gramsci, “agir com o pessimismo da razão e o otimismo do coração”.


O papel imprescindível da juventude

Uma linha fundamental que deve atravessar toda iniciativa de esquerda é a vocação por incorporar gente jovem ao esforço transformador. Ali há um sementeiro indispensável, fabuloso – esse mesmo foi o que a direita “neutralizou”, com seu discurso desmobilizador, com diversos mecanismos de cooptação cultural, com o manipulado consumo de drogas ilegais que foi impondo como uma quase “necessidade” na juventude. “É conveniente para as estruturas de poder e riqueza que os jovens vivam dependentes das drogas e permanentemente drogados para que não se despojem de seu social-conformismo e mostrem sua inconformidade cidadã pela via da praxis política e da organização comunitária” (Isaac Enríquez Pérez: 2021). A esse respeito, vale não perder de vista que o crescimento exponencial do narcotráfico no mundo (2,700% nas últimas três décadas) não só é um grande negócio que oxigena financeiramente o sistema em seu conjunto, promovendo a acumulação capitalista, como serve como perfeito álibi aos poderes globais para controlar, e a maior parte destes consumidores – que não são, em sentido estrito, tóxicodependentes – são jovens. Uma proposta de esquerda deve incorporar a maior quantidade possível de jovens, porque essa força vulcânica -sem preconceitos adultocêntricos que constranjam- é uma plataforma de um valor incomensurável. Ressoam aqui os ecos de uma consigna do Maio Francês de 1968: “a imaginação no poder”.



O poder do povo, este é o poder

A transformação da sociedade implica no exercício de um poder em escala nacional. Por isso deve levantar-se com toda a força possível a ideia de um poder popular, um poder vindo de baixo, uma verdadeira e genuína democracia direta (o que foram os soviets na Rússia) que seja a garantia de mudança e a fiscalizadora da não burocratização de uma suposta vanguarda. Mas para chegar a esse estado organizativo se necessita um denodado esforço de organização de base. Aí está o primeiro passo a ser dado: organização de base, conscientização, trabalho de formiga, convencimento, sempre com um ideário claro e definido. Essa é a chave: construir organização popular para preparar a transformação (uma vanguarda armada por si só, ou o trabalho político no quadro da institucionalidade do sistema, não podem consegui-la).

Nesse sentido, o Estado é um ponto de chegada, e ao mesmo tempo, um ponto de partida. Não se pode exercer um poder transformador se não se dispõe do instrumento adequado para isso. E isso, tal como estão as coisas, é dado pelo Estado como mecanismo supraindividual que está além de cada sujeito independente e exerce um poder de coesão. É questionável o “governar desobedecendo”, como é a proposta do movimento zapatista em Chiapas, no México. Isso pode constituir um modelo muito interessante de prática democrática territorial, mas transformar uma complexa realidade nacional implica deter os mecanismos do Estado com seu poder de coesão e de coerção sobre todo um território nacional. Claro que isso não garante a mudança (a contrarrevolução é sempre impiedosa), mas deve ser o ponto de partida mínimo.

Acrescentando ao que foi dito, deve ter-se muito claro que hoje, em um mundo totalmente globalizado, onde os grandes poderes de fato, com poderes de intervenção e ingerência quase absolutos (corporações multinacionais, capitais financeiros sem pátria que se movem em velocidade virtual, forças militares de poder planetário com armamentos extraordinariamente sofisticados que permitem operações inconcebíveis algumas décadas atrás, instâncias político-institucionais como as organizações do Consenso de Washington – Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional -, poderes que fazem e desfazem como querem, propor a revolução socialista em um só país abre interrogantes. Até que ponto isso é possível? Como propor e resolver esta limitação?


O novo na ideia de vanguarda

A ideia de vanguarda no modelo leninista (de alguma maneira o que foram muitas das organizações de esquerda que existiram em distintos pontos do mundo) ou desde a mística guerrilheira guevarista, deve ser revista. Em todo caso é preciso pensar em novas formas organizativas; sem cair em um cego espontaneísmo – por certo, reação visceral importante mas que não leva a um processo transformador se não houver uma condução que dê projeto a esse descontentamento; o que está em discussão é a maneira de somar e articular o descomunal mal estar popular e dar saída revolucionária às injustiças que atravessam o sistema: as econômicas, as de gênero, as étnicas. A chave é a organização popular, a democracia direta. Isso significa o primeiro grande trabalho pela frente.

Todo este panorama de certa forma sombrio que se pintou não é para negar possibilidades de triunfo revolucionário e sim, pelo contrário, para ver como realmente pode tornar-se possível, para ver como dar-lhe forma e viabilidade real. O socialismo, definitivamente, é o único caminho. Se não, a barbárie, lei da selva e darwinismo social, pequenas elites poderosíssimas dominando grandes massas sem coordenação. Todas as sociedades que transitaram pela senda socialista (Rússia, China, Cuba) obtiveram êxitos incontestáveis em sua dinâmica, com melhoras fabulosas na qualidade de vida. O capitalismo oferece bem estar a uns poucos 15% da população mundial; o resto passa necessidade. O socialismo pretende, tal como se disse mais acima, construir “uma pátria para a humanidade”.

Marcelo Colussi | Catedrático universitário, politólogo e articulista argentino.
(Tomado de Firmas Selectas)
Tradução: Ana Corbisier.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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