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ToggleMais de 311 mil crianças estadunidenses de 331 escolas do país foram vítimas de violência armada desde o massacre de Columbine High, Colorado, em 1999, revelou hoje o diário The Washington Post.
Este jornal estadunidense dedicou anos a rastrear quantos estudantes estiveram expostos a incidentes desse tipo durante o horário escolar desde o tiroteio massivo de final dos anos 90, em que foram assassinadas 12 crianças e dois professores.
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Na falta de dados oficiais, o Post reuniu artigos de imprensa, bases de dados, informes dos agentes da ordem e telefonemas às escolas e departamentos policiais.
Depois dessa busca exaustiva, determinou que, ainda que os tiroteios nas escolas continuem sendo pouco frequentes, em 2021 foram registrados 42, mais do que em qualquer outro ano desde pelo menos 1999.
Até agora, em 2022, foram registrados pelo menos 24 atos de violência com armas de fogo nos campus durante o dia escolar.
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Mais de 300 mil estudantes sofreram violência armada nos EUA, aponta o Washington Post
Para além das mortes
Além das lamentáveis cifras de mortos e dos feridos registradas nesses 23 anos, os estudantes que presenciam a violência ou se escondem atrás de portas fechadas para evitá-la podem ficar profundamente traumatizados, assegurou o jornal estadunidense.
Uma das conclusões mais importantes do Post é o impacto desproporcionado dos tiroteios em centros docentes nas crianças negras.
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Nos casos em que se pôde determinar a origem da arma, mais de 85% dos atiradores trouxeram-nas de suas próprias casas ou as obtiveram de amigos ou familiares.
Entre os escolares que executaram ações com armas de fogo há um menino de seis anos, que matou uma colega de classe depois de dizer que não gostava dela.
O mesmo ocorreu com uma adolescente de 15 anos, que matou uma amiga por rejeitar suas propostas românticas.
Sete de cada dez perpetradores eram menores de 18 anos, o que significa que, frequentemente pela negligência de um adulto, dezenas de crianças tiveram acesso a armas mortais, segundo o diário.
De acordo com um editorial, a busca do Post por mais tiroteios continuará, e é possível que os repórteres localizem outros incidentes de anos anteriores.
Redação Prensa Latina
Tradução de Ana Corbisier
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