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ToggleA origem do nazismo na Alemanha no final da década de 20 do século passado, inspirada no fascismo italiano, trouxe consequências devastadoras para a humanidade com os conflitos da 2ª Guerra Mundial. Milhões morreram quando o fanatismo chegou em nome de uma suposta raça superior, foi o auge da desumanidade num retrocesso civilizatório sem precedentes.
Logo após as condenações em Nuremberg de vários líderes nazistas, a expectativa era a de que o nazifascismo estava enterrado e que as próximas gerações não seriam contaminadas. Os resquícios ficaram. A atual extrema-direita mundial, após o fascismo, nazismo, franquismo, salazarismo, entre outros, tornou-se um movimento popular e consegue mobilizar enorme contingente de pessoas de todas as classes sociais para seu discurso de ódio e de enfrentamento das lutas sociais.
O fato é que outras formas de doutrinação dirigidas para o fanatismo foram criadas baseadas numa religiosidade duvidosa comparável ao fanatismo descortinado de parcela significativa de alemães pelos Nazifascistas. A questão religiosa como estratégia de produzir regras de dominação sempre estiveram presentes como forma de se chegar ao poder.
A Igreja Católica foi hegemônica no período feudal e a Inquisição foi criada pelos poderosos da época para eliminar qualquer oposição ao poder da igreja. História que se repete de tempos em tempos. Instintivamente o ser humano busca sempre um amparo espiritual para sua vida. Mesmo os ateus convictos percebem mudanças energéticas que estão relacionadas ao seu dia a dia. A ciência já explica muitos desses fenômenos e os altos dirigentes religiosos, para o bem e para o mal, sabem usar esse conhecimento com os seus fiéis.
As ditaduras europeias que surgiram na Europa no período pré-2ª Grande Guerra, como Salazar em Portugal, Franco na Espanha, Mussolini na Itália e Hitler na Alemanha, tinham um apoio religioso dentro da Igreja católica e setores evangélicos. Dividida, algumas tendências da Igreja católica rejeitavam esses governos autoritários. Isso obrigou setores mais conservadores na criação de uma tendência reacionária que daria apoio a esses ditadores e a governos de direita.
Foi nesse contexto que o Sacerdote Josemaria Escrivá De Balaguer criou a Opus Dei (Obra de Deus) em 2 de outubro de 1929 na cidade de Navarra na Espanha. Escrivá foi canonizado em 2002 pelo Papa João Paulo 2º, que como outros Papas pertencia à Opus Dei. O objetivo da Opus Dei, surgida no meio da quebradeira da Bolsa americana e que se refletiu no mundo todo, tinha como meta principal o combate ao comunismo.
Foi a Opus Dei que deu amparo religioso e espiritual aos Ditadores responsáveis pelo genocídio de milhões de adversários políticos como na Guerra civil Espanhola, na Itália e Alemanha. Hitler nunca deixou de frequentar a Igreja Católica alemã e muitos padres que se rebelaram contra sua política racista foram sumariamente executados pela SS nazista. A Opus Dei merece um capítulo à parte, mas a estratégia de seus membros como influenciador social foi a de investir em comunicação.
A Universidade de Navarra é focada na formação de jornalistas e comunicadores de forma geral. São donos de centenas de veículos de comunicação (jornais, rádios e TVs) espalhados pelo mundo. Possuem jornalistas que passaram por Navarra em quase todos os veículos de grande penetração, como jornais de alta circulação. Além dessa penetração nos meios de comunicação, a Opus Dei tem forte influência na Igreja Católica Brasileira.
Sempre apoiaram políticos conservadores e foram responsáveis pelo folheto falso contra a Presidenta Dilma em sua primeira disputa pela presidência contra José Serra antes do 2º turno. Tive o privilégio de encontrar a gráfica no Cambuci que fazia o serviço e conseguimos denunciar em toda a mídia esse “Fake News”.
Descobrimos quem era o responsável pelos impressos, o Bispo da Diocese de Guarulhos ligado à Opus Dei. Ele faleceu 2 ou 3 anos após o episódio. Esses fatos demonstram que a influência religiosa tem um alto valor nos caminhos da política e é usado eficazmente até hoje.
Neopentecostais e as estratégias de poder
Os Estados Unidos para manter sua força imperial moderna se utiliza de algumas estratégias de poder. Uma é o uso das armas aliada ao poder econômico, outro, a influência religiosa através de movimentos evangélicos, fora as ações da Cia e FBI. Nação de origem protestante, tem uma gama enorme de tendências evangélicas que se espalham pelo mundo e fazem sua pregação.
O Brasil, importante parceiro estratégico e de enorme território com riquezas naturais imensuráveis, sempre ficou na linha de controle dos americanos. A estratégia nunca foi a de uso de armas para dominação, somos um povo pacífico, mas facilmente influenciável na temática religiosa. Os americanos sempre tiveram um enorme papel colonizador e foram decisivos no golpe de 64 para defender o Brasil contra os “comunistas”.
A TFP (Tradição Família e Propriedade) fundada em 1960 no Brasil pelo Deputado Constituinte e conservador Plínio Correa de Oliveira, é a extrema-direita da Igreja Católica e apoiou o Golpe. Após a morte de Plínio Correa houve um racha nesse grupo. Hoje são conhecidos como Arautos do Evangelho e apoiadores da volta da monarquia no Brasil.
Os americanos nunca deixaram de lado essa alternativa de usar a religião como forma de controle de setores da sociedade. Tentaram nas décadas de 50 e 60 do século passado a inserção dos Mórmons nas principais cidades brasileiras. Não deu certo, mas mantiveram proximidade com outros setores, principalmente os evangélicos tradicionais.
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Essa religião conseguiu um crescimento rápido após o surgimento de Igrejas Neopentecostais, e sobretudo, a Universal do Reino de Deus do Edir Macedo que prega a Teologia da Prosperidade e hoje também a Teologia do Domínio, que se trata de fazer do Brasil uma Nação Fundamentalista.
Além da Universal, outras Igrejas chegaram nos últimos anos com muita força. Mundial, Deus é Amor, Renascer em Cristo, Igreja Universal da Graça de Deus e outras que usam basicamente a mesma técnica de convencimento para atrair fiéis e o dízimo. No censo de 2010 o número de evangélicos era de 42.310.000 (22,2% da população). Estima-se que em 2030 esse número chegue perto dos 50%.
Estratégia de convencimento
O pai dos neopentecostais no Brasil é o Edir Macedo. Sua história contada no Google não fala a verdade de sua vida religiosa. Edir, antes de se tornar evangélico, militou no catolicismo e no espiritismo. É um profundo conhecedor das técnicas de desobsessão e da percepção da mediunidade das pessoas. Estuda a Cabala, a Metafísica e é um conhecedor da Hipnose Terapêutica. Tem um discurso de convencimento poderoso baseado em palavras-chave e fortes que se utilizam da linha da Teologia da Prosperidade e sabem usar a música como forma de energizar o ambiente dos cultos.
Sabe como poucos usar a psicologia do convencimento para induzir o pagamento do dízimo e praticar a lavagem cerebral. Ele ensina essas técnicas aos seus Pastores. É importante entender o contexto histórico dessa força conservadora. A Reforma Protestante comandada por Martinho Lutero surgida em 1517 na Inglaterra em contraposição à Igreja Católica e ao poder do Papa, dividiu-se em várias ramificações ao longo dos tempos, como os Luteranos, Anglicanos, Batistas, Metodistas, Calvinistas, Pentecostalismo, Neopentecostalismo, Anabatista, Amish e outras.
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No contexto atual brasileiro o que interessa é o Pentecostalismo e o Neopentecostalismo. O Pentecostalismo surgiu nos Estados Unidos em 1902 com influência dos Batistas e Metodistas. Eles aceitam a manifestação do Espírito Santo, como a capacidade de curar doentes, de fazer milagres e de falar línguas. Os Neopentecostais, que hoje dominam a linha evangélica no país, diferem-se dos Pentecostais pelos costumes mais liberais e por adotarem a Teologia da Prosperidade, que valoriza a riqueza material. Também creem que o Diabo é o responsável por todo o mal. O foco dos cultos é a cura e a riqueza material palavra mais usada é “Operamos vários milagres. Basta ter fé”. Afirmam que os Espíritas são o Demônio. Chegaram no Brasil em 1977.
O Neopentecostalismo não combina com o Socialismo e nem com as ideias de Justiça Social. Priorizam conquistas materiais e consequentemente apegam-se a uma vida individualista que busca o sucesso financeiro como a principal forma de felicidade. Os cultos da “Prosperidade” promovidos pela Universal, são o exemplo mais contundente dessa linha que não enxerga o valor humano dentro de um coletivo social. Descaradamente pregam o individualismo que vai na contramão de tudo o que se aplica ideologicamente pelo socialismo na linha da igualdade e justiça social.
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Algumas linhas evangélicas são mais humanas e civilizatórias, como os Anabatistas, que são conhecidos como a ala radical da Reforma Protestante. São pacifistas, se recusam a usar armas e prestar serviço militar. Entretanto, o movimento evangélico está dissociado da evolução científica e, no geral, caminha contra o conhecimento. Um povo ignorante é fácil de domar e doutrinar. A consciência política vira um “demônio” e a origem da “Escola Sem Partido”, proposta pelo Bolsonarismo, tem essa premissa.
Edir Macedo e seus parceiros Neopentecostais perceberam essa possibilidade de fazer da fé um comércio e aplicar para seu benefício a Teologia da Prosperidade. Incorporaram a essa evolução financeira um Projeto de Poder. Usando as técnicas aprendidas no espiritismo como a Desobsessão, aliada a um discurso contundente pelo “Amor a Jesus”, a fé e principalmente do comprometimento dos fiéis com a “Palavra de Cristo” através do dízimo, construíram uma máquina de fazer dinheiro e votos.
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Nesse processo, começaram a eleger Pastores para as Câmaras Municipais, Assembleia Legislativas, Câmara Federal, Senado, Prefeituras. Fecharem acordos com partidos políticos de vários espectros, e foram ocupando espaço na política nacional. Fundaram um Partido (PRB, hoje PR) e transformaram os seus seguidores em massa eleitoral fiel ao candidato que o Pastor indicar. Ocupam espaços nos Conselhos Tutelares, em vários governos e em Ministérios. Apoiaram fortemente a candidatura de Jair Bolsonaro. Fazem parte de vários Partidos conservadores conhecidos como CENTRÃO.
Como ocuparam o espaço político
Alguns sinais desse poder começaram a ser dados anos atrás. Em um grande evento da Universal no Estádio do Maracanã lotado com 200 mil pessoas em 1987, Edir Macedo fez sua pregação e os presentes entraram em êxtase. No final do culto e após a passagem da sacolinha de arrecadação das contribuições, ele lançou um desafio mais ou menos com as seguintes palavras: “Todos aqui têm fé? Então provem.
Quem estiver de óculos irá apelar à sua fé e entregá-lo agora aos obreiros e nunca mais precisará deles”. Nesse momento, vários assistentes de Edir iam caminhando pelas arquibancadas com sacos e as pessoas iam jogando os seus óculos ali. Dias depois, esses óculos foram vendidos pela Igreja a uma rede ótica e arrecadaram muito dinheiro. Uma semana após esse evento, Edir foi interpelado por uma repórter sobre o fato de estar usando óculos e ter sugerido aos fiéis que jogassem os seus fora, sua resposta foi rápida: “Estou usando porque talvez ainda não tenha fé suficiente”.
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Esse “Maracanasso” foi demonstração de força. Edir quis dizer para a sociedade que tinha o poder sobre essas pessoas. Elas fariam qualquer coisa por ele, inclusive apoiar seu projeto político de poder e riqueza. Paralelamente ao crescimento da presença de fiéis nos cultos da Universal e de outras Igrejas Neopentecostais, a cúpula dessa máfia da fé foi a de investir pesadamente em comunicação, aperfeiçoando a forma de convencimento.
Horários na TV, rádio e jornais impressos viraram ferramentas importantes para aumentar a arrecadação. Usaram a mesma estratégia da Opus Dei. A compra da Record por Macedo foi o ponto alto dessa movimentação e deu à Universal um status que a solidificou como a principal corrente neopentecostal no país. Alguns comentários de ajuda internacional para a compra da emissora nunca foram esclarecidos. O fato é que Edir Macedo se aproximou de Israel e começou um trabalho com elementos do Judaísmo nos cultos de sua igreja, que se trata de enorme contradição, os judeus não são seguidores de Jesus Cristo.
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A construção do Templo de Salomão, com pedras importadas de Israel e toda uma decoração baseada no Templo original, e as permanentes visitas de Edir e seus principais pastores ao país, confirmaram um novo vínculo religioso com a nação mais próxima dos Estados Unidos. O Templo de Salomão acomoda 10 mil pessoas. A partir desse conjunto de atos coordenados envolvendo o aumento de templos, cultos com pastores bem treinados e uma força impressionante de comunicação, o projeto de poder de Edir Macedo estava concretizado.
Elegeu Crivella como prefeito do Rio, que foi um desastre, e chegou ao Governo Federal com o apoio a Bolsonaro. Mesmo com a vitória da Frente Democrática em 2022 na eleição presidencial com Lula Presidente, continuam fortes e organizados, servindo como ferramenta da extrema-direita para manter uma base popular poderosa na oposição ao atual Governo.
A boa relação de Macedo com o Trumpismo e o golpe “Nazineopentecostal” na Bolívia deu um quadro diferente nas relações de disputa de poder. A Bolívia foi comandada alguns meses por um grupo de evangélicos com o apoio americano. Usaram o exército para matar e impedir que os seguidores de Evo Morales se manifestassem. O povo boliviano, majoritariamente de origem indígena, reagiu e foi às ruas recuperar o poder. Os evangélicos de lá não tinham força suficiente para manter o golpe.
Os Estados Unidos estiveram por trás do Golpe contra Evo e o uso das Igrejas Evangélicas nesse processo só reforça a tese do projeto de poder que surge nesse século, demonstrando um atraso civilizatório grave e perigoso como foi o nazifascismo. Aqui no Brasil, a Universal do Reino de Deus e suas ramificações formaram uma massa de cidadãos fanatizados e cegos em sua consciência política.
São facilmente carregados para o lado que o pastor desejar. Na penúltima eleição do Conselho Tutelar em São Paulo, tinham como candidatas mulheres que foram denominadas “Mulheres de Deus” em quem os fiéis deveriam votar.
A mobilização de setores da esquerda conseguiu equilibrar a disputa, mas ficou evidente que o fanatismo prejudica qualquer disputa eleitoral. Na eleição do ano passado, a Universal elegeu a grande maioria dos Conselheiros.
Hoje, quase todas as Câmaras Municipais brasileiras têm pastores evangélicos de várias tendências. A bancada dos Evangélicos na Câmara Federal tem mais de 80 deputados. Votam sempre contra o povo e mostram todo seu preconceito e reacionarismo contra os homossexuais, a favor das armas e tudo que é de mais atrasado na sociedade.
A periferia é dos evangélicos
A esquerda brasileira sempre teve força eleitoral na periferia das grandes cidades. O exemplo de São Paulo é clássico.
Com a melhora das condições de vida do povo brasileiro durante os 13 anos de governo Lula e Dilma, uma nova classe média surgiu. A população, que nunca teve um carro e nunca andou de avião, se beneficiou de uma economia forte e empregos fartos.
As Igrejas Neopentecostais se favoreceram desse quadro favorável. Perceberam que os trabalhadores residentes na periferia tinham dinheiro e pouca alternativa social e de lazer.
Os Movimentos Sociais estavam adormecidos e as atividades políticas viviam numa zona de conforto, ou seja, a esquerda abandonou seu povo e não soube fazer o debate político necessário para que essa população, que se tornou consumidora, desenvolvesse a Consciência Política e não perdesse seu poder de luta.
Havia um vazio político e social que foi ocupado pelos evangélicos. Qualquer salão vazio virava uma Igreja Evangélica e a maioria era conquistada pelos Neopentecostais.
Os pastores ofereciam uma vida social e um amparo religioso em troca do dízimo. Ir à Igreja é um evento social. Os homens colocavam seu terno e gravata e as mulheres seu melhor vestido.
Comemoravam aniversários no salão e passavam horas falando de passagens bíblicas e assuntos ligados a esse mundo religioso e também de política.
Outro fenômeno que precisa ser levado em conta é o trabalho dos evangélicos nos presídios.
A Igreja Católica abandonou a população carcerária e os evangélicos assumiram essa tarefa. Muitos pastores evangélicos são ex-presos.
Não existe um estudo sobre a relação desses pastores que se formam na cadeia com o crime organizado, mas a possibilidade de parte deles ter compromisso com as organizações criminosas é grande. Quase todos vão pregar na periferia.
Como mudar esse quadro
Reconquistar um espaço político perdido é muito mais difícil, principalmente após um trabalho doutrinário eficiente feito pelos pastores.
As estratégias para mudar essa correlação de forças passam por muita conversa, uma comunicação eficiente e muito trabalho. Os Neopentecostais são organizados e estão numa vantagem política satisfatória.
Entretanto, é obrigação de todos os partidos no campo da esquerda e centro-esquerda, movimentos sociais, sindicatos, entre outros, trabalharem essa população e reocuparem o espaço perdido.
Será uma luta dura para tirar o poder dessas forças conservadoras que promovem o atraso social. Temos uma série de obstáculos como o ódio ao PT, maior Partido de esquerda no Brasil, e às palavras “Socialismo e Comunismo”. As Fake News continuam a espalhar mentiras e alimentar preconceitos, mesmo após as eleições de 2022.
O Brasil viveu uma experiência inédita de nação fundamentalista com o poder nas mãos de indivíduos que não estavam preocupados com a qualidade de vida das pessoas.
Falam de Deus, de armas, se apropriaram da Bandeira Brasileira e se especializaram em produzir notícias mentirosas. O Estado deve ser laico e a valorização da Educação, Cultura e Esporte o melhor caminho para as forças democráticas recuperarem o protagonismo na condução do país.
Esse é o grande desafio do Governo Lula. O PT e todos os Partidos de Esquerda precisam reconstruir a consciência política e fortalecer a justiça social através da solidariedade e da volta da humanização. O primeiro passo é diminuir o poder econômico desses criminosos da Fé.
É urgente aplicar a Lei que criminaliza golpes financeiros. Um exemplo clássico foi o Pastor Waldemiro Santiago vender para seus fiéis o “Pé de Feijão” que curava a Covid.
Quantas pessoas morreram por não tomarem a vacina e deram dinheiro para esse falso religioso? Isso foi um crime que precisa ser punido. Existem vários outros casos de enganar as pessoas com promessas milagrosas. É um crime e os responsáveis precisam ser punidos.
As eleições municipais de 2024 comprovaram o enfraquecimento da esquerda e o fortalecimento das forças conservadoras com base o Movimento Neopentecostal.
Venceram o pleito com forte apoio popular vindo principalmente das periferias. A mesma periferia dominada por milhares de igrejas com maioria neopentecostal que lembra o apoio inconsciente que o povo alemão deu ao Nazismo.
A esquerda continuará a aceitar calada esses absurdos contra o povo. Não somos os defensores da Justiça Social e de uma nação fraterna e solidária?
Precisamos criar o MOVIMENTO EM DEFESA DO ESTADO LAICO CONTRA A EXPLORAÇÃO DA FÉ.
Nota do autor: Esse artigo foi escrito e divulgado inicialmente em 2015. Passa por atualizações ao longo dos anos.