Pesquisar
Pesquisar

Petição inspirada em fala de J.F. Kennedy pede ao próximo presidente dos EUA: Paz ao mundo!

"Hoje enfrentamos uma situação estratégica muito mais perigosa que a do momento mais difícil da crise dos mísseis em Cuba", alerta o abaixo-assinado
Comunicação Instituto Schiller
Schiller Institute
Berlim

Tradução:

Uma petição organizada pelo Instituto Schiller, da Alemanha, e destinada ao próximo presidente dos EUA, pede que o mandatário escolhido nas eleições de 2024 lute pela paz universal.

O texto se inspira no discurso proferido em 1963 por John F. Kennedy (JFK), então presidente dos EUA, na American University, no qual defendeu uma humanidade pacífica que faça valer a pena viver a vida na Terra: “não só paz para os estadunidenses, e sim paz para todos os homens e mulheres, não só a paz em nosso tempo, e sim a paz para todos os tempos”.

Continua após o banner

O Instituto Schiller aponta ainda que a situação vivida hoje é mais perigosa do que na década de 1960, à época da crise dos mísseis em Cuba e das tensões entre os EUA e a Rússia. Neste sentido, alerta que as armas atuais de ambas as potências nucleares são capazes de destruir o planeta várias vezes.

O mundo corre o risco de dividir-se em dois blocos: um bloco formado pela Otan, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia; e um bloco formado pela Rússia, China e o “Sul Global”. Isto representa o perigo angustiante de uma nova guerra mundial, que seria nuclear, e significaria portanto o aniquilamento da espécie humana.

Leia também: “Prendam Putin”: petição da Avaaz é seletiva ao pedir punição a supostos crimes de guerra 

A seguir, confira o texto completo do Instituto Schiller. Ao final, é possível se juntar ao apelo assinando a petição.

"Hoje enfrentamos uma situação estratégica muito mais perigosa que a do momento mais difícil da crise dos mísseis em Cuba", alerta o abaixo-assinado

Instituto Schiller
J.F. Kennedy: "Refiro-me à paz genuína, ao tipo de paz que faz com que valha a pena viver a vida na Terra"




Apelo urgente de cidadãos e instituições do mundo todo ao (próximo) Presidente dos EUA!

Em 10 de junho comemora-se o 60º aniversário do famoso discurso de John F. Kennedy (JFK) na American University, sobre o que ele mesmo chamou de “o tema mais importante na Terra: a paz”.

O Presidente Kennedy fez este discurso menos de um ano depois da Crise dos Mísseis Cubanos de 1962, em meio à Guerra Fria, mas pôde levar aqueles que o ouviam a ver acima do conflito geopolítico para que considerassem os interesses da humanidade em seu conjunto.

Hoje enfrentamos uma situação estratégica muito mais perigosa que a do momento mais difícil da crise dos mísseis em Cuba. Os sistemas de armas ofensivas da Otan estão hoje muito mais próximos da Rússia do que Cuba está dos Estados Unidos.

O poder destrutivo das armas da OTAN é muito maior, o tempo de advertência antes de seu lançamento é menor, e a confiança entre os mandatários das grandes potências nucleares é praticamente inexistente, comparada com a que existia entre John F. Kennedy e Nikita Krushev.

O Boletim dos Cientistas Atômicos fixou o relógio do dia do juízo final em 90 segundos antes da meia noite, e pode ser que seja um cálculo demasiado otimista.

O mundo corre o risco de dividir-se em dois blocos: um bloco formado pela Otan, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia; e um bloco formado pela Rússia, China e o “Sul Global”. Isto representa o perigo angustiante de uma nova guerra mundial, que seria nuclear, e significaria portanto o aniquilamento da espécie humana.

Dado que Rússia e Estados Unidos possuem atualmente 90% de todas as armas nucleares dirigidas contra cada um, as quais poderiam destruir o mundo muitas vezes, é uma questão urgente para todos os seres humanos da Terra encontrar uma saída. A solução deve situar-se em um plano que supere a geopolítica e adote a perspectiva do interesse da humanidade única.

Portanto, nós, os abaixo assinantes, manifestamos nossa esperança de que o (próximo) Presidente dos Estados Unidos encontre em si mesmo a grandeza de adotar o ponto de vista expresso pelo Presidente Kennedy em seu histórico discurso.

O Presidente Kennedy disse em 10 de junho de 1963:

“A que tipo de paz me refiro? E que tipo de paz buscamos? Não uma Pax Americana imposta ao mundo pelas armas de guerra estadunidenses. Nem a paz do túmulo, ou a segurança do escravo. Refiro-me à paz genuína, ao tipo de paz que faz com que valha a pena viver a vida na Terra, o tipo de paz que permite que os homens e as nações cresçam e tenham esperança e construam uma vida melhor para seus filhos, não só paz para os estadunidenses, e sim paz para todos os homens e mulheres, não só a paz em nosso tempo, e sim a paz para todos os tempos”. 

(Discurso completo disponível em vários idiomas: https://tinyurl.com/JFK-AU).

Muitos podem pensar que é impossível hoje que um Presidente estadunidense faça um discurso como este. E, de fato, hoje o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, é apresentado como alguém mais malvado do que foi Krushev em seu momento, e a China também é pintada como uma grande ameaça. No entanto, o Presidente Kennedy elogiou os russos e suas grandes contribuições na ciência, na indústria e na cultura.

Elogiou sua coragem ao derrotar Hitler na Segunda Guerra Mundial, causa pela qual foram sacrificadas mais de 26 milhões de vidas. O mundo necessita de um Presidente estadunidense que seja capaz de ver as melhores tradições em cada nação, inclusive na Rússia e na China, como a base para a confiança mútua e o fundamento para a paz.

Nós, os abaixo assinantes, queremos que os Estados Unidos sejam de novo o país que manifestou em seu belo discurso o Presidente Kennedy. Queremos que os Estados Unidos voltem a ser farol de esperança e templo da liberdade. Cremos que isto é a base para a “paz para todos os tempos”, como disse Kennedy.

Assinante inicial:
Helga Zepp-LaRouche (Alemanha), fundadora do Instituto Schiller

Para conferir a página oficial do abaixo-assinado e deixar sua assinatura, clique aqui.

Redação | Revista Diálogos do Sul
Tradução do abaixo-assinado: Ana Corbisier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

Assista na TV Diálogos do Sul


Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.

A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.

Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Comunicação Instituto Schiller

LEIA tAMBÉM

Rússia Uso de minas antipessoais e mísseis Atacms é manobra dos EUA para prolongar conflito
Rússia: Uso de minas antipessoais e mísseis Atacms é manobra dos EUA para prolongar conflito
Após escalar conflito na Ucrânia com mísseis de longo alcance, EUA chamam Rússia de “irresponsável”
Após escalar conflito na Ucrânia com mísseis de longo alcance, EUA chamam Rússia de “irresponsável”
Misseis Atacms “Escalada desnecessária” na Ucrânia é uma armadilha do Governo Biden para Trump
Mísseis Atacms: “Escalada desnecessária” na Ucrânia é armadilha do Governo Biden para Trump
1000 dias de Guerra na Ucrânia estratégia de esquecimento, lucros e impactos globais
1000 dias de Guerra na Ucrânia: estratégia de esquecimento, lucros e impactos globais