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ONU denuncia desigualdade na distribuição de imunizantes: “Não queremos mais promessas”

"A gritante diferença na distribuição global de vacinas é uma mancha em nossa consciência coletiva", disse o diretor da OMS
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Genebra

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A desigualdade na distribuição de vacinas para conter a Covid-19 ainda é uma tarefa pendente em nível global, disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Até agora, mais de 5,5 bilhões de doses de vacinas foram administradas no planeta, mas quase 80% delas em países de alta e média alta renda”, disse ele.

A prioridade da OMS é garantir que 10% da população de cada país seja imunizada até o final de setembro, 40% até o final de 2021 e 70% dos cidadãos até meados de 2022.

Ele reiterou a posição do organismo internacional de introduzir uma moratória à inoculação de doses de reforço até pelo menos o final deste ano.

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“Não queremos, que o uso de reforços para pessoas saudáveis se espalhe, enquanto tantos profissionais de saúde e pessoas dos grupos de risco ao redor do mundo ainda aguardam sua primeira dose”, disse ele.

"A gritante diferença na distribuição global de vacinas é uma mancha em nossa consciência coletiva", disse o diretor da OMS

OMS
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Desigualdade na distribuição

“A gritante desigualdade na distribuição global de vacinas é uma mancha em nossa consciência coletiva”, disse o diretor da OMS.

Recentemente, o diretor afirmou que quase 90% dos países de alta renda já alcançaram a meta de vacinar 10% de sua população e até mais de 70% ou 40%, mas nenhum dos países de baixa renda atingiu nenhum dos dois objetivos.

Não queremos mais promessas, queremos vacinas, disse o chefe da entidade mundial de saúde, denunciando que se fala muito em igualdade, mas muito poucas ações são tomadas.

“Os países ricos prometeram doar mais de um bilhão de doses, mas entregaram menos de 15% do que foi oferecido”, disse ele.

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Ele enfatizou que exatamente essas promessas não cumpridas são uma das razões pelas quais o mecanismo Covax, uma iniciativa da OMS para o acesso equitativo às vacinas da Covid-19, anunciou na quarta-feira a disponibilidade de apenas cerca de 1,4 bilhão de doses até o final do ano.

A cifra é bem menor que os dois bilhões prometidos e, com isso, será possível vacinar apenas 20% da população dos 92 países pobres para os quais as injeções devem chegar em 2021.

Redação Prensa Latina desde Genebra

Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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