Mais de 11 mil crianças foram mortas ou mutiladas pela guerra no Iêmen, segundo relatório do Fundo da Infância das Nações Unidas (Unicef), com média de quatro crianças feridas a cada dia no país desde 2015, quando a Arábia Saudita interveio no conflito.
A Unicef, no entanto, adverte para subnotificação, pois apenas incidentes verificados pela ONU foram contabilizados.
“Milhares de crianças perderam suas vidas, centenas de milhares continuam sob risco de morte devido à fome e doenças evitáveis”, comentou Catherine Russell, diretora executiva da Unicef.
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Milhares de crianças perderam suas vidas, centenas de milhares continuam sob risco de morte
Russell viajou ao país assolado pela guerra na última semana, para lançar o Plano de Ação para Assistência às Crianças, estimado em US$10.3 bilhões, com intuito de prover água, saneamento, alimentação, educação, saúde e serviços de proteção em todo o mundo.
Russell pediu aos lados beligerantes que restaurem a trégua mediada pela ONU, em vigor entre o mês de abril e começo de outubro deste ano, que expirou sem qualquer acordo para estendê-la. Os lados trocam acusações sob o fracasso do cessar-fogo.
Mohammed Abdul-Salam, porta-voz do movimento rebelde houthi, todavia, rebateu os apelos, ao insistir que a “paz no Iêmen não possível a menos que os estados invasores abandonem sua mentalidade arrogante”.
“A renovação urgente da trégua seria um passo positivo ao acesso humanitário crítico”, afirmou Russell. “Em último caso, somente a paz duradoura permitirá às famílias que reconstruam suas vidas destruídas e comecem a planejar seu futuro”.
A Unicef estima que 2.2 milhões de crianças sofrem de desnutrição aguda, entre os quais, cerca de 540 mil menores de cinco anos. A situação no Iêmen é descrita pelas Nações Unidas como a pior crise humanitária do mundo; três quartos do país dependem de ajuda humanitária.
A Unicef pede US$484.5 milhões para responder à crise no Iêmen no próximo ano e alerta para falta de recursos e ameaças à vida e ao bem-estar das crianças afetadas pela guerra.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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