O presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, fará um primeiro encontro bilateral com o ex-presidente catalão, Carles Puigdemont, em um país “estrangeiro”, confirmou nesta quarta-feira (14) o secretário-geral do Junts per Catalunya, Jordi Turull, que não especificou nem a data, nem o lugar concreto no qual se levará a cabo a reunião.
Os nacionalistas catalães foram revelando tanto o conteúdo como a rota que acordaram com o Partido Socialista Obrero Español (PSOE) em troca de apoiar a investidura de Sánchez, concedida por Puigdemont, que ainda tem abertas várias ordens de detenção nos tribunais espanhóis por sua participação na declaração unilateral de independência falida de outubro de 2017.
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O proposto pelo JxCat neste pacto se cumpriu: o conteúdo da lei geral de anistia, o encontro em Bruxelas com Santos Cerdán, alto cargo do PSOE, o qual se dirigiu a Puigdemont como “presidente no exílio”, a reunião em Genebra com representantes de ambos os partidos e a presença de um mediador internacional, o diplomata salvadorense Francisco Galindo Velez, responsável por velar pelo cumprimento dos acordos.
O próximo passo nessa estratégia é o encontro entre ambos os líderes, explicou Turull. “Comprometemo-nos a encontrar a data e o lugar para que se vejam. O importante é que se encontrem e se falem, em um encontro como deve ser, sem fotografias nem logos de partido”, precisou.
Sánchez, desde Bruxelas, não desmentiu nem confirmou a reunião, e limitou-se a esclarecer: “Minha agenda é pública e transparente e não o tenho em minha agenda. Na minha agenda só figura uma reunião com o presidente Aragonés no dia 21”.
Armando G. Tejeda | La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.
Tradução: Beatriz Cannabrava
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