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Toggle“Estamos vivendo aqui [no Brasil] aquilo que é chamado de guerra cultural”, afirma o arquiteto, urbanista, ex-secretário de cultura e ex-superintendente de habitação Nabil Bonduki, um dos pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores (PT), em entrevista à TV Diálogos do Sul.
Ressaltando a importância da cultura e educação na cidade, Nabil lembra que o atual governo brasileiro, comandado por Jair Bolsonaro (sem partido), vem trabalhando em um projeto contra a imprensa livre e independente. “As pessoas têm o direito de se informar e o se posicionar”, defende. “Esse desmonte, a chamada a guerra cultural, que está sendo promovida por conta desse governo, tem como objetivo fazer com que as pessoas percam o sentido crítico.”
“Ela é uma expressão muito importante que sempre revela o inconformismo, revela uma faceta do mundo que penetra não pelo discurso político, mas pelo discurso da arte, da música, do Teatro e do cinema”, explica. “Então o que eu vejo é que o governo Bolsonaro quer, de alguma maneira, destruir a cultura brasileira”, diz o ex-secretário.
Nabil foi o sexto pré-candidato à Prefeitura de São Paulo a conversar com a Diálogos do Sul. Até o momento, não tivemos êxito em entrevistar o ex-ministro da Saúde durante o governo de Dilma Rousseff, Alexandre Padilha.
Mariane Barbosa
“Esse desmonte, a chamada a guerra cultural tem como objetivo fazer com que as pessoas pessoas pessoas percam o sentido crítico.”
As prévias do PT serão realizadas no próximo dia 15 de março. O partido tem sete candidatos: Alexandre Padilha, Paulo Teixeira, Carlos Zarattini, Eduardo Suplicy, Jilmar Tatto, Nabil Bonduki e , Valkiria “Kika” de Souza Silva. Você pode já conferir, abaixo, as entrevistas que já publicamos. Se preferir, também pode ler as entrevistas com o Deputado Carlos Zarattini, o vereador Eduardo Suplicy e o ex-deputado Jilmar Tatto, o deputado Paulo Teixeira, e a militante anti racista e feminista “Mãe” Kika de Bessen.
Seguem os principais temas tratados com Bonduki:
Periferias
Conhecido por seu trabalho na área de urbanização, Nabil traz para a discussão o problema das periferias da cidade e explica que os problemas estruturais das regiões marginalizadas são os loteamentos feitos de maneira precária pela falta de qualidade de materiais e de apoio técnico à população.
“É preciso fazer um projeto de recuperação urbana da periferia. De modo com que nós façamos com que a periferia de São Paulo tenha um potencial”, diz.
Cultura
“Todas as escolas precisam fazer uma revolução educacional. A cultura tem penetrar nas escolas. Não adianta falarmos em ‘centro cultural em cada bairro de São Paulo’. Nós temos que utilizar e aproveitar o que nós já temos como estrutura de equipamentos”, explica. “As escolas estão todos os bairros da cidade, só que são fechadas [para a comunidade]”.
Nabil não descarta o fato de que outros moradores da cidade também necessitem da inserção cultural, porém esclarece a importância de fazer das escolas “polos de articulação das pessoas que enfrentam problemas de violência”, uma população que naturalmente utiliza o equipamento público. “Por que as igrejas pentecostais crescem tanto? Porque elas dão apoio para as pessoas e a ausência do Estado fortalece isso”.
Confira as demais outras entrevistas:
Carlos Zarattini
Eduardo Suplicy
Jilmar Tatto
Paulo Teixeira
“Mãe” Kika de Bessen