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ToggleNo discurso da vitória, António Costa reforçou compromissos com educação, saúde, habitação e criação de empregos. “Assumimos esse encargo com determinação, alegria e elevado senso de responsabilidade”, disse o primeiro-ministro.
António Costa também destacou o crescimento do PS, que não só aumentou o número de deputados eleitos, mas venceu em 15 dos 20 círculos eleitorais do território nacional.
O primeiro-ministro garantiu que vai continuar trabalhando por “uma Europa mais forte, mais coesa e mais solidária” também como forma de manter a estabilidade portuguesa a nível internacional. “Se hoje poupamos dois bilhões de euros por ano de juros da dívida é porque recuperamos a credibilidade internacional do nosso país perante aqueles que são nossos credores”.
Caroline Ribeiro
Eleitores esperam para votar em Lisboa, Portugal
Derrota da direita
A liderança do PS se reuniu a apoiadores para acompanhar a apuração em um salão de eventos em Lisboa. “Entendemos que os portugueses quiseram dar continuidade ao governo do Partido Socialista, reforçando-nos eleitoralmente, e ainda com um conjunto de que a direita teve uma grande derrota”, diz à Sputnik Brasil o atual Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Vasco Cordeiro.
O resultado de hoje é considerado o pior desempenho dos partidos de centro-direita da história democrática do país. O Partido Social Democrata (PSD) vai perdendo 12 assentos no parlamento. Já o CDS-Partido Popular caiu de 18 para apenas 5 deputados.
Em 2015, os dois partidos concorreram juntos, pela coligação Portugal à Frente (PaF), e saíram vencedores, elegendo a maioria dos deputados.
Novidades
Entre as novidades, o parlamento português conta agora com as três primeiras deputadas negras da história. Romualda Fernandes, do PS, Beatriz Dias foi eleita pelo Bloco de Esquerda e Joacine Katar Moreira entrou pelo Livre.
A Iniciativa Liberal, partido estreante na disputa, elegeu o primeiro liberal, João Fernando de Figueiredo, e o Chega, sigla de extrema-direita, também conseguiu uma cadeira, com André Ventura.
Outro destaque é o crescimento do partido Pessoas, Animais, Natureza (PAN), que saiu de um deputado eleito em 2015 para 4 este ano.
Futuro governo
Atualmente, o PS governa com apoio do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português (PCP). A aliança, formada em 2015, ganhou o apelido de “geringonça”. Os vencedores se mostram abertos a dialogar e manter a formação.
“A expectativa que temos é que haja continuidade, que haja capacidade de estabelecer entendimentos que permitam a estabilidade de uma legislatura”, diz o Secretário Vasco Cordeiro.
Agora, o PS deve dialogar com os aliados. O próximo passo será dado pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que vai confirmar António Costa como primeiro-ministro para mais quatro anos. Em seguida, o PS vai apresentar o novo programa de governo, que será submetido à votação no parlamento eleito.
O parlamento português é formado por 230 deputados. Mais de 10 milhões e 800 mil eleitores, dentro e fora do país, podiam exercer o direito de votar, ato que não é obrigatório. A taxa de abstenção cresceu em relação a 2015, ultrapassando os 46%.
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