Conteúdo da página
ToggleA cascata incessante de notícias da semana passada confirma a necessidade de emitir advertências a viajantes ao autoproclamado “líder” do mundo.
O 4 de julho, Dia da Independência, esteve marcado não só com fogos artificiais, mas fogo de balas, com estadunidenses matando-se entre si em algumas das “celebrações” tradicionais, a tal nível que o próprio presidente teve que emitir uma mensagem, embora oca de ação, diante do fenômeno.
Com forte apoio dos estadunidenses, EUA preparam sua próxima guerra. O alvo? México
Pouco depois informou-se que de 3 a 5 de julho foram provavelmente os dias mais quentes jamais registrados na história moderna do planeta. Embora alguns políticos continuem insistindo sobre a urgência de ações decisivas para salvar o planeta, sobretudo freando o uso de combustíveis fósseis, a classe política estadunidense não está respondendo e recusa aceitar a responsabilidade de que seu país é o maior contribuinte histórico à crise ambiental.
O responsável por matar 23 pessoas em um tiroteio massivo em El Paso há quase quatro anos, para frear o que chamou de “invasão hispana”, recebeu uma sentença de 90 prisões perpétuas na sexta-feira (7).
Embora o caso tenha sido diretamente relacionado à retórica anti-imigrantes e de ódio racial nutrida por políticos direitistas, incluindo Trump, estes só redobraram seus ataques verbais.
Foto: Joey Csunyo/Unsplash
Os Estados Unidos insistem que são líderes em abordar os temas globais como a mudança climática, as guerras e os direitos humanos
Ucrânia
Falando de ataques mortais, o presidente Biden autorizou o envio de munições de racimo à Ucrânia. Essas munições estão proibidas por mais de 100 nações porque lançam numerosas pequenas bombinhas sobre uma área ampla, como do tamanho de um campo de futebol, e as que não estalam de imediato podem explodir em qualquer momento meses ou anos depois.
Por que armas de fragmentação enviadas pelos EUA à Ucrânia são proibidas por 123 países?
Agrupamentos de direitos humanos, afirmando que estas munições estarão matando e ferindo civis, em particular crianças, pelos próximos anos, acusaram que Washington não pode se apresentar como um líder de direitos humanos e ao mesmo tempo oferecer estas armas.
Direitos humanos
Falando de violações a direitos humanos, o governo de Biden surpreendeu a muitos quando anunciou que nomearia a Elliott Abrams à chamada Comissão Assessora sobre Diplomacia Pública dos Estados Unidos.
Durante sua longa carreira, Abrams justificou enormes violações dos direitos humanos na América Central e em outras partes do mundo, foi acusado de mentir ao Congresso sobre algumas das manobras ilegais no escândalo Irã-Contras e, recentemente, por ações sob a administração de Trump como encarregado de promover os esforços para uma mudança de regime na Venezuela e em Cuba. Que seja nomeado por um governo que diz estar buscando restabelecer seu prestígio no âmbito internacional pois, aparentemente, aposta na amnésia.
E se todas estas notícias dão sede, pois então, água! A água potável de quase metade das torneiras nos Estados Unidos contém “químicos para sempre” que podem causar câncer e outros problemas de saúde segundo uma nova investigação feita pelo governo federal.
Os Estados Unidos insistem que são líder em abordar os temas globais como a mudança climática, as guerras, os direitos humanos e sempre se apresentaram como terra de promessas onde os pobres do mundo poderiam vir para escapar da violência, das armas e das violações dos direitos humanos. E como país tão avançado, advertia contra viajar a várias partes do mundo por violações aos direitos humanos, violência e saúde pública.
Aviso aos navegantes
Mas hoje em dia deveria haver alertas a viajantes aos Estados Unidos aconselhando que se cuidem diante de brotes de violência armada em qualquer lugar, informando que alguns de seus políticos eleitos fomentam o ódio racista e as xenofobias, recordar-lhes que estão no país que mais contribuiu para a mudança climática, que é o maior provedor de armas ao mundo incluindo armas proibidas que costumam matar crianças, um país que ressuscitará criminosos de guerra e, sim, avisando-os para não beber a água e não respirar o ar.
PD: Justiça para nosso companheiro do La jornada. E obrigada por tudo ao professor Gilly.
Bônus Musical | Dolly Parton – World on Fire
David Brooks | La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
Assista na TV Diálogos do Sul
Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.
A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.
Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:
-
PIX CNPJ: 58.726.829/0001-56
- Cartão de crédito no Catarse: acesse aqui
- Boleto: acesse aqui
- Assinatura pelo Paypal: acesse aqui
- Transferência bancária
Nova Sociedade
Banco Itaú
Agência – 0713
Conta Corrente – 24192-5
CNPJ: 58726829/0001-56 - Por favor, enviar o comprovante para o e-mail: assinaturas@websul.org.br
- Receba nossa newsletter semanal com o resumo da semana: acesse aqui
- Acompanhe nossas redes sociais:
YouTube
Twitter
Facebook
Instagram
WhatsApp
Telegram