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O Papa Francisco com o patriarca Tewahedo

Revista Diálogos do Sul

Tradução:

OSSROM98773_ArticoloComo irmãos em Cristo pedimos aos responsáveis do mundo que se detenha a violência contra os cristãos e as minorias, e ansiamos para avançar no sentido de uma unidade plena.

Com grande alegria o Papa Francisco recebeu Sua Santidade Abuna Matthias I, Patriarca da Igreja Ortodoxa Tewahedo, da Etiópia e a delegação que o acompanhou em sua visita a Roma. Visita que fortalece os laços fraternos entre nossas Igrejas, disse o Papa, recordando com gratidão também as que realizou o Patriarca Paulus a São João Paulo II, em 1993, e depois a Benedito XVI, em 2009.

Depois de destacar uma vez mais a importância do diálogo teológico estimulado pela Comissão Internacional conjunta e daquilo que nos une: «uma só fé, um só Batismo, um só Senhor e Salvador, Jesus Cristo, razão pela qual somos irmãos e irmãs em Cristo», e reiterando ainda que «hoje o sangue de tantos mártires, pertencentes a todas as Igrejas, é semente da unidade dos cristãos» o Bispo de Roma renovou um apelo aos responsáveis políticos e econômicos para que se detenha a violência:

«Os mártires e santos de todas as tradições eclesiais são já uma coisa única em Cristo; seus nomes estão escritos no martirológio único da Igreja de Deus. O ecumenismo dos mártires é um convite a todos nós para, aqui e agora, caminharmos juntos no caminho de uma unidade cada vez mais plena. Sua Igreja foi uma Igreja de mártires desde o começo e ainda hoje é testemunha de uma violência devastadora contra os cristãos e outras minorias no Oriente Médio e em alguns lugares da África. Não podemos deixar de pedir, uma vez mais, aos que regem a política e a economia no mundo que promovam uma convivência baseada no respeito mútuo e na reconciliação, no perdão recíproco e na solidariedade».

Alentando os passos dados na Etiópia para melhorar as condições de vida da população, estimulando uma sociedade justa, baseada no estado de direito e no respeito ao papel da mulher, o Papa Francisco referiu-se também ao problema da água e suas graves repercussões sociais e econômicas, para renovar o anseio de colaborar entre as Igrejas a favor do bem comum.

Com a ardente esperança de que com «este encontro se inicie um renovado tempo de fraterna amizade entre nossas Igrejas», sem esquecer que «a história deixou uma carga de dolorosos mal entendidos e desconfianças, em função do que pedimos o perdão e a salvação de Deus», o Papa Francisco finalizou seu cordial discurso chamando a rezar «uns pelos outros, invocando a proteção dos mártires e dos santos sobre todos os fiéis postos a nossos cuidados pastorais».

E com o desejo de que «um dia, com a ajuda de Deus, estejamos unidos diante do altar do Sacrifício de Cristo, na plenitude da comunhão eucarística», invocou o Espírito Santo para que continue nos iluminando e Maria, Mãe de Misericórdia.

 

Tradução de Ana Corbisier


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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