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Putin: Tanques alemães voltam a enfrentar Rússia mediante sucessores de Hitler e Bandera

"Parece que não entendem que uma guerra atual com a Rússia seria para eles completamente diferente", acrescenta o presidente russo
Juan Pablo Duch
La Jornada
Moscou

Tradução:

Por ocasião do 80º aniversário da vitória soviética sobre as tropas hitlerianas na batalha de Stalingrado, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou na última quinta-feira (2) que “a ideologia do nazismo – já em sua expressão contemporânea – de novo cria ameaças diretas à segurança de nosso país, uma e outra vez nos vemos obrigados a rechaçar a agressão do Ocidente coletivo”. 

O chefe do Kremlin, ao pronunciar um breve discurso no concerto de gala dedicado à efeméride na cidade de Volgogrado, como agora se chama Stalingrado, comentou pela primeira vez a anunciada entrega à Ucrânia de tanques alemães Leopard:

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“Por incrível que pareça, de novo nos ameaçam os tanques alemães com suas cruzes de barras (emblema do exército germano), uma vez mais querem enfrentar à Rússia no solo da Ucrânia mediante os sucessores de Hitler, os seguidores de (Stepan) Bandera (líder ultranacionalista que colaborou com os nazistas na Segunda Guerra Mundial)”.

Batalha de Stalingrado: como há 80 anos, democracia global impõe luta contra o fascismo

Agregou: “Aqueles que empurram os países europeus, entre eles a Alemanha, a uma nova guerra com a Rússia, e mais ainda, declaram irresponsavelmente que isso já é um fato, aqueles que pretendem frear a Rússia nos campos de batalha, parece que não entendem que uma guerra atual com a Rússia seria para eles completamente diferente”.

E advertiu: “Não mandamos nossos tanques às suas fronteiras, mas temos que responder (às ameaças) e com o uso de carros de combate não acabará a coisa. É algo que todos devem compreender”.

"Parece que não entendem que uma guerra atual com a Rússia seria para eles completamente diferente", acrescenta o presidente russo

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Presidente russo, Vladimir Putin, presta homenagem a soldados mortos na Batalha de Stalingrado




“Eles não entendem”

Para Putin, “aqueles que ameaçam a Rússia não entendem uma simples verdade: todo o nosso povo, todos nós nos criamos e com o leite de nossas mães nos nutrimos com as tradições de nosso povo, a geração de vencedores que, com seu trabalho, suor e sangue criaram nosso país e deixaram de herança para nós”. 

O mandatário russo disse que “pese os esforços da propaganda oficial das elites ocidentais que nos são hostis, temos muitos amigos em todo o mundo, no continente americano, na América do Norte, na Europa”.

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Ao elogiar o heroísmo dos defensores da cidade às margens do Volga que ficou reduzida a ruínas, Putin destacou que Stalingrado se converteu em “símbolo da invencibilidade” do povo russo.  

“A vontade de ir até o final pela Pátria, pela verdade, de fazer até o impossível estava e está no sangue, no caráter de nosso povo multinacional, e precisamente essa vontade derrotou o nazismo”, sublinhou. 

O titular do Kremlin qualificou de “dever moral” honrar a memória desta façanha, de transmiti-la às gerações vindouras, assim como se comprometeu a “não permitir que ninguém distorça o significado da batalha de Stalingrado na vitória sobre o nazismo, na libertação de todo mundo desse monstruoso mal”.

Juan Pablo Duch | Correspondente do La Jornada em Moscou.
Tradução: Beatriz Cannabrava.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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Juan Pablo Duch Correspondente do La Jornada em Moscou.

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