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"Prometeu armas e jurou lealdade ao regime neonazista”, diz Medvedev sobre Biden em Kiev

Já segundo senador russo presidente dos EUA teria se encontrado com Zelensky de olho das eleições de 2024, para exigir vitória no campo de batalha
Juan Pablo Duch
La Jornada
Moscou

Tradução:

A aparição do inquilino da Casa Branca, Joe Biden, durante cinco horas em Kiev nesta segunda-feira (20), sob o estrepitoso som dos alarmes antiaéreos e sem nenhum assunto para tratar cara a cara com seu anfitrião, o presidente Volodymir Zelensky, além de simbolizar com a sua presença o irrestrito apoio dos Estados Unidos à Ucrânia, tomou por surpresa a todos, mas teve dedicatória especial a um espectador, o titular do Kremlin, Vladimir Putin, na véspera de apresentar seu informe de governo ante o Parlamento russo.

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Dimitri Medvedev, subsecretário do Conselho de Segurança da Rússia, publicou de imediato nas redes sociais que a viagem de Biden não é nenhum ato de valentia, pois não corre nenhum perigo:

“Biden, após receber de antemão garantias de segurança, viajou finalmente a Kiev. Prometeu muitas armas e jurou lealdade até a tumba ao regime neonazista”, anotou o também ex-presidente da Rússia em seu canal do Telegram

“E, é claro, houve conjuros mútuos de vitória que chegaria com as novas armas e gente valorosa”, agregou aquele que desempenhou da mesma o cargo de primeiro ministro, sempre à sombra de Putin como leal colaborador desde os longínquos tempos da Universidades de San Petersburgo.

Já segundo senador russo presidente dos EUA teria se encontrado com Zelensky de olho das eleições de 2024, para exigir vitória no campo de batalha

Observador
Cientista política russo: "Biden pode viajar a Kiev com toda tranquilidade pois sabe que Putin cumpre sua palavra e nada lhe vai acontecer"




O “ancião” e os “viciados”

Na linguagem de Medvedev carregada de insultos, Biden é o “ancião do outro lado do oceano” e o governo ucraniano o “bando de viciados de Bankova”, nome da rua onde estão localizados os escritórios de Zelensky.

Mais mesurado se mostrou o vice-presidente do Senado, Konstantín Kosachov, para quem a visita de Biden “se inscreve nas eleições de 2024” no sentido de que viajou a Kiev “para exigir a Zelensky o quanto antes possível uma prova de êxito no campo de batalha”. 

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O cientista político de cabeceira do Kremlin nos programas da televisão pública, Serguei Markov, propôs esta explicação: 

“Biden visita Kiev não por ser muito valente, mas porque seu inimigo Putin é honesto e civilizado. Biden pode viajar a Kiev com toda tranquilidade já que sabe que Putin cumpre sua palavra e nada lhe vai acontecer. E Putin não visita Donetsk porque todo o mundo sabe que em Kiev governam terroristas que tratariam de matá-lo a qualquer preço, inclusive inundando de bombas, sem importar que morram milhares de pessoas. Por isso, a visita de Biden a Kiev demonstra que a Rússia tem razão e está do lado de Biden contra o mal”, escreveu Markov igualmente no Telegram.

Os Z-blogueiros, como são conhecidos os comentaristas que apoiam a guerra nas redes sociais e se identificam com a última letra do abecedário latino, símbolo da invasão, coincidem em restar importância à viagem de Biden. Assim, Boris Rozhin, que se apresenta como especialista de um centro de jornalismo político e militar, diz que Biden pode aparecer em Kiev devido a que ninguém tinha a intenção de disparar contra ele, assim como a Zelensky”.

E uma das vozes mais radicais do setor belicista, Igor Guirkin, que em 2014 como chefe de segurança do consórcio do magnata Konstantin Malofeyev entrou a partir da Rússia com um destacamento armado para iniciar o levantamento da população em Donetsk contra o governo de Kiev e logo caiu em desgraça, escreveu que “não me surpreenderia que levem o avô (Biden), que só serve para participar em torpes provocações, até Bakenmut. Total, nada lhe passaria tampouco aí”.

Juan Pablo Duch | Correspondente do La Jornada em Moscou.
Tradução: Beatriz Cannabrava.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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Juan Pablo Duch Correspondente do La Jornada em Moscou.

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