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As ações de Cuba diante do avanço mundial do novo coronavírus

Medicamento cubano tem sido usado para auxiliar na cura de pacientes na China, país mais afetado pela pandemia
Redação Revista Fórum
Revista Fórum
São Paulo (SP)

Tradução:

Segundo dados oficiais do governo cubano, a ilha possui cinco casos confirmados do novo coronavírus, pandemia que já afeta 124 nações. 

O último caso é de um cubano, de 63 anos, residente em Havana. Ele regressou da Espanha em 11 de março e no dia seguinte apresentou sintomas. Outro cubano, residente em Santa Clara, também está com a doença. Além deles, três italianos  estão internados no país caribenho, um deles, com 61 anos, se encontra em estado grave. Assim são cinco os casos de Covid-19 em Cuba. 

Medicamentos

O medicamento cubano ‘Interferon alfa 2B’ (IFNrec), produzido desde 25 de janeiro na fábrica cubana Chang-Heber, localizada na cidade de Changchun, província de Jilin, na China, tem sido usado com eficiência para combater os sintomas da doença.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, destacou a relevância do trabalho entre os dois países. “Nosso apoio ao governo chinês e ao povo em seus esforços para combater o coronavírus”.

Até agora, sabe-se que o ‘Interferon alfa 2B’ pode ter ajudado na recuperação de mais de 1.500 pacientes, já que é um dos 30 medicamentos escolhidos pela Comissão Nacional de Saúde da China para curar a condição respiratória.

“O interferon alfa 2B tem a vantagem de que, em situações como essa, é um mecanismo para se proteger, seu uso impede que pacientes com a possibilidade de agravar e complicar cheguem a esse estágio e, finalmente, tenham a morte como resultado”, disse Luis Herrera Martínez, consultor científico e comercial do grupo de negócios BioCubaFarma.

O grupo BioCubaFarma trabalha também no projeto de desenvolvimento de um antiviral cubano, o cigb 210, bem como de um candidato a vacina para submetê-lo à consideração da China, além de faixas rápidas para o diagnóstico da doença.
Medicamento cubano tem sido usado para auxiliar na cura de pacientes na China, país mais afetado pela pandemia

Foto: Ariel Cecilio Lemus/Granma
Até agora, sabe-se que o ‘Interferon alfa 2B’ conseguiu curar mais de 1.500 pacientes e é um dos 30 medicamentos escolhidos pela Comissão Na

Medidas de controle

Entre as medidas estão a certificação de instalações para isolamento e hospitalização; a produção de protetores bucais no país; audiências de saúde em comunidades e locais de trabalho; o treinamento de todos os envolvidos; a atenção à população mais vulnerável e a campanha de comunicação para manter as pessoas constantemente informadas.

Treinamento com a população

O vice-primeiro-ministro Roberto Morales Ojeda disse que a primeira parte do treinamento em Covid-19 está ocorrendo atualmente, que deve continuar mais especificamente em cada um dos setores.

Uma comissão do ministério da Saúde Pública está atualmente em turnê pelo país, para revisar as condições dos locais previstos no Plano.

Ojeda também insistiu na preparação do pessoal que estaria trabalhando nessas unidades médicas, voluntariamente e por um período prolongado de tempo. Por isso, enfatizou, questões como condições para descanso da equipe e outros detalhes fornecidos em uma situação de quarentena devem ser abordadas manualmente.

O vice-primeiro ministro mencionou aspectos essenciais, como o coeficiente de disponibilidade técnica de ambulâncias, que em algumas províncias é inferior a 50% e, portanto, o apoio de outro tipo de transporte deve ser fornecido para a transferência de doentes. Também enfatizou a possibilidade de aumentar as consultas sobre sintomas respiratórios e a necessidade dos médicos determinarem as etapas a serem seguidas em cada caso, para não sobrecarregar o sistema de saúde do país.

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Cloro para desinfecção das superfícies

Os ministérios da Indústria e do Comércio Interno da ilha confirmaram que o país possui cobertura de cloro que deve ser usada na desinfecção das superfícies e sua produção é estável. Ao mesmo tempo, protetores bucais são importados e a preparação de outra quantidade de máscaras já começou na indústria nacional e local.

Ao avaliar as medidas que estão sendo implementadas, o primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz considerou que houve um processo intensivo na implementação do Plano de Controle e Prevenção Covid-19 em Cuba.

Reiterou a importância das audiências em saúde, que, segundo ele, se baseiam na necessidade de manter a população informada. “Que não fique um único lugar”, disse, “sem aviso prévio ao nosso povo”.

O primeiro-ministro disse aos governadores e prefeitos que prestassem atenção especial aos pontos das estradas onde as pessoas que viajam estão concentradas, como centros de serviços e lanchonetes; minimizar a transferência de pacientes e continuar monitorando o controle de saúde nas fronteiras, o que tem sido muito eficaz, acrescentou.

“A primeira parte de um ciclo foi encerrada”, disse, “agora iremos ao contra-ataque com outras medidas do Plano”.

Três italianos diagnosticados

Nesta quarta-feira, o noticiário de televisão cubana (NTVC) confirmou que três cidadãos da Itália, que estavam visitando Cuba, deram positivo para o coronavírus.

Segundo a mídia local, quatro viajantes que estavam hospedados em um albergue em Trinidad relataram sintomas e foram levados ao Instituto de Medicina Tropical para serem submetidos a testes rigorosos. Após a aplicação do teste, três deles deram positivo.

Os turistas entraram no país do Caribe pelo aeroporto de Havana e depois se mudaram para Trinidad, localizada a 11 quilômetros da capital. O Ministério da Saúde Pública (Minsap) explicou que eles entraram em contato com pessoas relacionadas a pacientes infectados.

Atualizado em 17/03 pela Redação da Diálogos do Sul para atualização na quantidade de pessoas infectadas em Cuba

Atualizado 13/03 às 13h21 Atualizado em 17/03 pela Redação da Diálogos do Sul para alteração no ´título e atualização da quantidade de casos no país

Com informações do Granma e do TVN Notícias

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Redação Revista Fórum

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