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TIAR é resposta ao fracasso de planos dos EUA contra Venezuela, diz analista russo

Governo estadunidense confirmou que, junto a seus aliados na região, invocou o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca contra Venezuela
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Moscou

Tradução:

O assessor do Centro Nacional Sociopolítico da Rússia, Dimitri Burij, manifestou hoje que os Estados Unidos tentam relançar sua estratégia para derrocar o Governo venezuelano apelando para a implementação do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR).

O Governo estadunidense confirmou que junto com seus aliados na região invocou o TIAR contra a Venezuela, acordo firmado no Rio de Janeiro, em 1947, para a defesa mútua entre os países membros da organização de Estados Americanos (OEA).

O também conhecido como Tratado do Rio estabelece em um de seus artigos que um ataque armado por parte de qualquer Estado contra um Estado Americano, será considerado como um ataque contra todos os Estados Americanos, e em consequência, cada uma das Partes Contratantes se compromete a ajudar a enfrentar o ataque.

Esta cláusula Washington se negou a cumprir durante o conflito das Malvinas, em 1982, entre a Argentina e o Reino Unidos.

Governo estadunidense confirmou que, junto a seus aliados na região, invocou o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca contra Venezuela

OEA
Sob inspiração estadunidense a OEA aprovou a invocação do TIAR

A Venezuela ingressou no TIAR em 1948, durante o Governo de Rómulo Gallegos, mas em 2012, sob o mandato do presidente Hugo Chávez, anunciou sua retirada junto a outros países da Alianza Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) entre esses Bolívia, Equador e Nicarágua. 

Em declarações à agência de notícias Sputnik, o analista assegurou que a nova medida de Washington e seus aliados é a resposta ao fracasso dos planos da Casa Branca contra Caracas e o deterioro da imagem do opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela.

Indicou que “por isso os Estados Unidos buscam reanimar seu projetos, justificar sua política na região e relançar sua retórica anti-venezuelana”.

O especialista assinalou que em muitos países que apoiavam a política agressiva estadunidense contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, começam a surgir opiniões contrárias.

Considerou que nestes momentos Washington e seus aliados latino-americanos mais próximos descartam uma intervenção armada na Venezuela.

Explicou que “os militares brasileiros fizeram uma simulação de uma possível invasão armada e concluíram que as baixas que teria nas suas forças armadas seriam desproporcionais com relação aos objetivos que eles  planejavam alcançar durante o conflito”. 

O pesquisador disse que Washington e seus aliados o que buscam agora é pressionar o Governo venezuelano ameaçando-o com o uso da força. 

Burij não acredita que a ativação do TIAR, do qual Venezuela já não é parte, seja um obstáculo ao reinício do diálogo entre o Governo de Maduro e a oposição, no futuro. 

Em suas declarações, o analista esclareceu que durante essas negociações, “ficou claro que o Governo mostrou maior flexibilidade que a oposição. Os opositores exigiam condições que inclusive o governo mais liberal se negaria a cumprir”. 

O especialista russo revelou que o plano mestre da oposição consistia em celebrar eleições presidenciais com uma série de condições que nenhum Estado soberano aceitaria. 

*Tradução: Beatriz Cannabrava

**Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.

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