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ToggleDiferentes regiões de Bogotá, capital da Colômbia, estão tomadas por ratos. Os roedores caminham aos montes pelos principais pontos da cidade à procura de comida e mal se incomodam com a presença das pessoas.
Uma das áreas mais críticas é Ciudad Bolívar, onde os nem tão pequenos invasores causam medo, impactam a circulação de pedestres e já começam a chegar nas residências.
A região, inclusive, soma-se a outras seis localidades de Bogotá nas quais o poder público vai focar em ações de controle e combate aos roedores: Suba, Usaquén, Kennedy, Engativa, Usme e Bosa.
El problema de invasión de ratas en #Bogotá aumenta y afecta la salud pública. Dueños de inmuebles deben responder. #Pozzeto Que hacer? @GustavoBolivar @CarlosFGalan @teleclic pic.twitter.com/6sNuOG0Swl
— Gabriel Angarita (@AntenaGabriel) September 28, 2023
A quantidade de ratos na cidade colombiana disparou nos últimos meses, mas moradores afirmam que a questão – um grave problema de saúde pública – é antiga e alimentada pelo descaso das autoridades.
A Secretaria de Saúde da cidade, por sua vez, declara que a infestação é sobretudo causada pelo trato inadequado do lixo, tanto nas casas como nos estabelecimentos comerciais.
Repercussão
A invasão de ratos em Bogotá veio à tona quando vídeos dos roedores em supermercados, estações de trem, parques e pontes começaram a circular nas redes sociais. Uma das imagens que mais repercutiram foi gravada no Portal Eldorado, movimentado terminal de transporte público da cidade:
RATAS EN EL PUENTE PEATONAL DEL PORTAL DEL DORADO.
Así está la parte peatonal para acceder a uno de los portales más importantes del sistema de transporte masivo de Bogotá. Impresentable. ¿Dónde más ha visto situaciones de este tipo?@NicoleRomero04 pic.twitter.com/TAYgHLH7tK— Nicolás Romero (@NicoRomero_17_) September 27, 2023
Estratégia
Segundo o secretário de Saúde de Bogotá, Alejandro Gómez, o plano para lidar com a questão é usar iscas e venenos nos locais onde a turba de roedores é mais crítica. O serviço será feito com a ajuda da Unidade Administrativa Especial de Serviços Públicos (UAESP).
Devido ao risco apresentado pelas armadilhas e as substâncias tóxicas, Gomez ressalta a importância do cuidado com os animais de estimação e os que vivem nas ruas, ainda que o perigo seja pequeno.
Recomenda-se ainda que as pessoas retirem o lixo de casa e dos estabelecimentos comerciais próximo à data de coleta, evitando que os sacos com resíduos se rompam e atraiam os ratos.
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Em Nova York, Mickey Mouse vira Pernalonga
Em Nova York, nos Estados Unidos, a presença de ratos correndo pelas ruas não é exatamente uma novidade. O problema é que agora os bichanos estão do tamanho de coelhos e perderam o medo dos humanos.
No vídeo a seguir, gravado em uma loja de alimentos, é possível ter uma noção da proporção do roedor, que não se assusta com a aproximação da pessoa que grava e calmamente caminha até se esconder:
New York City wildlife. pic.twitter.com/j5QNTi0abK
— Catch Up (@CatchUpFeed) September 28, 2023
Audácia!
O aumento na infestação e o comportamento petulante dos ratos da Grande Maçã pode ter surgido com a pandemia, apontam as autoridades nova-iorquinas. Com estabelecimentos fechados e a consequente falta de alimentos e lixo, a luta por sobrevivência os tornou mais agressivos e destemidos em relação à raça humana.
Os túneis de metrô são o principal abrigo da praga urbana, que sai apenas para buscar comida perto de restaurantes, mesmo em plena luz do dia. Apesar da certa normalidade que a situação ganhou ao longo do tempo, o risco à saúde é crítico: as criaturas são portadoras de mais de 35 doenças transmissíveis aos humanos e aos animais domésticos.
Não por menos, o prefeito da megalópole, Eric Adams, afirmou que os roedores não o inimigo número 1 da cidade: “Não são nossos amigos (…). Astutos, vorazes e prolíficos, os ratos da cidade de Nova York são lendários pelas suas habilidades de sobrevivência, mas não são eles que governam esta cidade, e sim nós”, declarou Adams, declarando guerra.
Já Katty Corradi – conhecida como ‘a czarina dos ratos’ devido à sua experiência em exterminar esse tipo de animal, e que foi contratada pela prefeitura para lidar com o problema –, afirma que os roedores são “sintomas de problemas sistêmicos que incluem saneamento, saúde, moradia e justiça económica”.
Redação | Diálogos do Sul
Com informações de RCN Radio, El Colombiano e Noticias Caracol
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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Imagem: Reprodução/Twitter